Julio Gomes

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Mbappé vai mesmo precisar sair de Paris para chegar ao topo

Mbappé é o melhor jogador de futebol do mundo há, pelo menos, três anos. É o cara mais parecido com Ronaldo Fenômeno que vimos - estou falando aqui de estilo, características físicas, explosão e finalização. Alguém vai falar que "o Campeonato Francês não é parâmetro", e eu respondo com "Copa do Mundo". Mas Mbappé está longe do topo. Está, essencialmente, no lugar errado.

O Paris Saint-Germain nunca foi sequer o time mais poderoso da França até ser comprado pelo Qatar. Lá se vão 14 anos de muito dinheiro, conquistas, mas falta alguma coisa. Entra ano, sai ano, vamos tentando entender o que falta. Falta goleiro? Falta zagueiro? Falta técnico? Falta tradição? Falta alma? Falta sorte? Eu não tenho a resposta. Apenas sei, como você que está lendo sabe, que falta alguma coisa. E Mbappé também sabe.

Ele já poderia ter ido para o Real Madrid alguns anos atrás. Escolheu ficar e ser o dono (sozinho) do projeto do Paris. Forçou para que Neymar fosse embora. Agora, já avisou que não fica mesmo. Mas passam os meses e semanas e ainda não saíram o posicionamento oficial e o destino, que todos sabem (ou acham) que será o Real Madrid.

Talvez a eliminação desta terça, em casa, para o Borussia Dortmund, seja o evento derradeiro. Aquilo que faltava para Mbappé perceber que este não é o lugar para chegar às grandes glórias. Ele poderia, afinal, mostrar para todo mundo que seria capaz de levar, "sozinho", o PSG à decisão. Não deu. E, cá entre nós, Mbappé jogou bem pouco nos dois jogos contra o Barcelona, nas quartas, e Borussia, nas semis.

Neymar e seus fãs respiram aliviados. Quem não gosta do dinheiro artificial que transforma pequenos em grandes também respira aliviado. Não deu para o PSG de novo. O Borussia Dortmund, que de artificial não tem nada, volta à final da Champions League. E será um azarão e tanto, seja contra Bayern, seja contra Real Madrid.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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