Danilo Lavieri

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Casas de apostas fazem patrocínios dispararem, mas Fla segue líder absoluto

Depois de impressionar em 2023 com uma receita que superou a casa do R$ 1 bilhão mesmo em um ano sem vencer nenhum título, o Flamengo não para de aumentar as suas receitas. Recentemente, o time anunciou um acordo com o Zé Delivery para estampar seu uniforme e a estimativa é que o valor de patrocinadores chega a R$ 240 milhões, aumentando a sua vantagem como o time que mais recebe neste quesito.

Essa valorização tem ficado mais evidente ano a ano, em movimento que chega ao seu ápice em 2024. Em fevereiro, por exemplo, o Corinthians anunciou valores na casa dos R$ 120 milhões anuais com a Vai de Bet, apenas pelo espaço máster do uniforme, novo recorde absoluto no futebol brasileiro. Já entre as outras propriedades, o mandatário alvinegro, Augusto Melo, projetou, no início do ano, que espera arrecadação total acima dos R$ 200 milhões.

Nesta corrida, o Palmeiras ficou para trás recebendo os mesmos R$ 81 milhões que já tinha desde 2017, quando chegou a ser apontado como o uniforme mais valioso das Américas. O São Paulo recebe cerca de R$ 50 milhões da Superbet. Já na série B, o Santos anunciou novo contrato com a Blaze neste mês, prevendo um aumento em relação aos R$ 45 milhões recebidos em 2023.

Para Fernando Paz, diretor comercial da Absolut Sport, agência de experiências esportivas que é parceira oficial da Conmebol, esse grande salto registrado pelos clubes se dá principalmente por conta dos novos contratos de patrocínio firmados com empresas do setor de apostas:

"Esse fenômeno é impulsionado pelo aumento do número de casas de apostas no país, tanto nacionais quanto internacionais, o que gera uma intensa competição e uma disputa acirrada por parcerias exclusivas. Atualmente, os clubes das séries A e B estão no centro dessa batalha, buscando atrair investimentos das casas de apostas para maximizar o valor dos patrocínios esportivos. O interesse das casas de apostas também reflete o potencial do mercado esportivo brasileiro", analisou.

Já Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo sócio-fundador da agência Wolff Sports, segue raciocínio parecido: "Um dos grandes responsáveis por esse aumento é o segmento de apostas esportivas. Como a demanda tem sido maior do que a oferta, os números têm se multiplicado, e mesmo assim, muitos contratos têm sido rescindidos com o pagamento da multa", destaca.

Atualmente, as casas de apostas são responsáveis por 14 dos 20 contratos para a propriedade máster das camisas das equipes da Série A. A Esportes da Sorte, por exemplo, é responsável pelos maiores patrocínios da história de clubes como Bahia e Athletico-PR, além de ter fechado o contrato com o Palmeiras para a equipe feminina.

"Com nossos investimentos, procuramos, como marca, se aproximar dos torcedores desses clubes. Mas, além disso, contribuir para o fortalecimento de todas as organizações envolvidas com o futebol brasileiro, seja ele masculino, feminino ou até na formação dos atletas", analisou Darwin Henrique da Silva Filho, CEO do Esportes da Sorte.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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