Danilo Lavieri

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Abel corrige erro com Endrick e salva Weverton de ser vilão de novo

Abel Ferreira demorou, mas consertou seu próprio erro na escalação inicial e fez o Palmeiras dominar boa parte do jogo. Faltou criar chances de gol mais claras e, por isso, o empate em 1 a 1 com o São Paulo foi um bom resultado para retratar o que foi o clássico deste domingo no Morumbi. O Tricolor segue com boas chances de se classificar e vê o rival encaminhar a melhor campanha do Paulista.

O Verdão começou melhor, com mais controle de jogo, mas não conseguia furar a linha de três zagueiros colocada por Thiago Carpini, que claramente queria amarrar o jogo e tentar atuar no erro do adversário, ainda mais sem poder contar com Calleri. Foi justamente o que aconteceu. Weverton errou na saída de bola, colocou Richard Ríos na fogueira e, depois de bate-rebate, deixou chute defensável de Alisson passar. O goleiro vive péssima fase e foi salvo de sair de vilão em mais um clássico.

Nesse lance, cabe uma primeira observação sobre a arbitragem, que depois voltaria a ser protagonista no restante do jogo. Richard Rios acertou a canela de Pablo Maia com as travas e tomou só amarelo. Um cartão vermelho não seria um absurdo.

Dali em diante, o São Paulo controlou o jogo e viu um Palmeiras praticamente nulo na criatividade. Endrick tinha que voltar muito para cobrir Marcos Rocha e deixava Flaco López praticamente sozinho no ataque. Raphael Veiga pegava a bola e tinha que tocar para trás. Por pouco, o Tricolor ainda não fez o 2 a 0 em chute de Ferreirinha. Não fazia sentido colocar o jovem de 17 anos com tanta responsabilidade de marcação e tão longe da área.

No segundo tempo, Abel Ferreira corrigiu seu próprio erro. Escalou Mayke para dar volume no ataque pela direita, Lázaro pela esquerda e deixou Endrick jogar mais perto da área. Lá atrás, Piquerez passou a funcionar como um terceiro zagueiro e, daí em diante, praticamente só deu Palmeiras.

O gol saiu em um pênalti bem marcado pelo VAR. Rafael foi interceptar cruzamento e acertou um soco na cabeça de Murilo. Na cobrança, Veiga afastou a zica das penalidades e empatou o jogo. O São Paulo tentou reagir rápido e criou uma chance nas costas de Mayke. Luciano recebeu dentro da pequena área, sentiu o toque de Piquerez na panturrilha e desabou.

Mas, ao contrário do que normalmente faz, o atacante são-paulino logo levantou e tentou dar prosseguimento à jogada. O VAR interrompeu, chamou o juiz para ver o lance no monitor, mas Matheus Candançan não viu nada. Essa coluna concorda com a interpretação do árbitro, mas o mais absurdo foi o vídeo ter chamado para um lance altamente interpretativo. A visão do juiz era clara e, por isso, ele manteve a sua decisão de campo.

Claramente nervoso, o São Paulo perdeu o controle e viu o Palmeiras ficar mais confiante em campo. As mudanças de Abel no intervalo, além das entradas de Rony, Gabriel Menino e Caio Paulista mantiveram o Verdão com mais volume de jogo. James Rodríguez entrou no finalzinho, conseguiu dar certo trabalho para a marcação palmeirense, mas não o suficiente para desempatar o jogo.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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