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Danilo Lavieri

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Neymar bate, apanha, se irrita e faz gol em despedida antes da Copa

Neymar comemora gol marcado pela seleção brasileira contra a Tunísia - Anne-Christine Poujoulat/AFP
Neymar comemora gol marcado pela seleção brasileira contra a Tunísia Imagem: Anne-Christine Poujoulat/AFP

Colunista do UOL

27/09/2022 17h19

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Como já é costume nos jogos do Brasil, Neymar esteve no centro das atenções em quase toda a partida de hoje (27) contra a Tunísia, o último amistoso antes da estreia da Copa do Mundo. Jogando em casa, o atacante do PSG bateu, apanhou, se irritou e fez um gol no estilo que ele já consagrou nas batidas de pênalti, quase que debochando do goleiro adversário de tanta categoria.

Na vitória por 5 a 1, ele praticamente não conseguia respirar. No começo, jogou caindo mais pela esquerda e, dependendo da ocasião, revezando com Paquetá para jogar mais próximo à linha lateral. Com Vini Jr no banco, os dois ficavam responsáveis por esse setor.

Quando ele pegava na bola, algum marcador adversário já chegava junto e, em quase todas as vezes, dava um jeito de tentar tirar o astro do sério. Por vezes com um totó por baixo, por vezes com uma trombada pelas costas, mas sempre com um contato extra que não era punido pela arbitragem. E logo em uma das primeiras vezes que ele foi tentar roubar a bola do adversário, chegou atrasado e recebeu o amarelo. A jogada o deixou claramente irritado.

Em outro momento, em uma jogada próxima ao escanteio, ele perdeu a cabeça após uma dividida e agrediu o adversário com uma braçada na nuca. Há quem julgue o lance como digno de uma expulsão. Independentemente da cor do cartão, o fato é que, por mais que ele apanhe, não é normal que aos 30 anos ele ainda reaja dessa forma quando apanha em campo.

Neymar agrediu o jogador da Tunísia após rival deixar o braço em seu rosto - Reprodução - Reprodução
Neymar agride adversário por trás
Imagem: Reprodução

Ainda depois de já estar amarelado, ele dividiu com o adversário novamente perto do escanteio e, quando o jogo já estava parado, deu um leve chute na coxa do rival que estava sentado no gramado. Totalmente desnecessário.

Claro que não é fácil ficar quieto o jogo inteiro, mas quem precisa coibir a violência é a arbitragem e não o jogador, que ainda corre o risco de ser punido em um compromisso mais importante como na Copa do Mundo. O mundo inteiro sabe dessa característica do camisa 10 e, infelizmente, ele precisa saber lidar com toda essa provocação.

Foi, inclusive, o que aconteceu perto do apito final do primeiro tempo. Bronn deu um pontapé em Neymar e ainda tentou bater nas costas do brasileiro enquanto ele caía. O árbitro puniu com o vermelho e fez a Tunísia jogar o segundo tempo inteiro com um a menos.

Na etapa final, a marcação em Neymar continuava implacável, mas ele participou menos do jogo após as entradas de Vini Júnior no lugar de Paquetá e Pedro no posto de Richarlison. Sua função passou a ser mais centralizada e a bola passou menos por ele. Ele até teve a chance de fazer o sexto em chute fora da área, mas a finalização saiu fraca.

Agora a dois meses da Copa do Mundo, Tite e a comissão técnica torcem para que Neymar continue em boa forma no PSG para que chegue no Qatar no melhor da sua forma, fato que não aconteceu na Rússia em 2018.

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