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Após Youtube e Record, Paulista ainda segue no mercado para vender direitos
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O Campeonato Paulista ainda está no mercado para encontrar mais empresas interessadas na transmissão de suas partidas. Depois de ter vendido 16 jogos para o Youtube e outros 16 para a Record, na TV Aberta, o Estadual negocia para vender o pay-per-view e ainda tem a chance de ter um quarto parceiro.
O modelo seguido pela LiveMode, agência responsável pela negociação, é o de venda coletiva e fatiada. Ou seja, nenhuma emissora fica com 100% dos direitos e o campeonato poderá ser visto em vários lugares e dias diferentes.
Ao vender 16 partidas, o Paulista garante que uma partida por rodada da fase de grupos seja transmitida em cada um dos canais, além de uma das quartas de final, uma semifinal e os dois jogos da final.
A negociação em caso de um terceiro interessado não poderia ferir o acordo com Record e Youtube. O primeiro, por exemplo, tem contrato exclusivo para TV aberta, logo, concorrentes como Band, Globo e SBT estão descartados.
"A chegada do streaming diminui bastante a força que esse modelo de distribuição em massa tinha na TV aberta. Agora, vive uma Era redistribuição de conteúdos, e não apenas com jogos ao vivo nas mais diferentes plataformas, mas também por meio de séries e documentários, que tem cativado uma parcela grande do consumidor final", explicou Bruno Maia, CEO da Feel The Match, especialista em inovação e novos negócios na indústria do esporte.
No caso do pay-per-view, a negociação com a Globo serve para a emissora manter a programação do Premiere enquanto o Nacional e a Copa do Brasil estão parados. Ao mesmo tempo, a Federação Paulista de Futebol ainda pode ter uma plataforma própria de transmissão, a exemplo do que acontece com a Copa do Nordeste.
Enquanto a maioria dos estaduais sofre com a queda de receita, o Paulista deve ter um aumento na verba para os participantes pelos próximos quatro anos, o que também dificulta uma eventual mudança do calendário do futebol brasileiro.
Além da força dos seus times, o Estadual de São Paulo também consegue bons resultados no campo financeiro por estar prospectando o mercado desde 2018, o que ajuda na organização da concorrência.
"É o presente e um caminho sem volta. O hábito de consumo de conteúdo digital cresceu muito em um curto espaço de tempo, e o grande benefício é a flexibilidade de dispositivos e grade de programação que este modelo traz. Não resta dúvida de que a indústria esportiva é uma das mais beneficiadas com esta expansão. A possibilidade de vários eventos simultâneos e em dispositivos diferentes aumenta muito a oferta de conteúdo disponível para o fã e ainda abre espaço para outras modalidades além do futebol, já que não há mais a competição por espaço na grade", completou Guilherme Figueiredo, Diretor Executivo da NSports, primeira plataforma brasileira de streaming esportivo a criar os canais oficiais para entidades esportivas, responsável pelas transmissões do Canal Olímpico do Brasil em parceria com o COB.
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