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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Criticado por não contratar, Barros já vendeu R$ 185 mi no Palmeiras

O presidente Mauricio Galiotte e o diretor de futebol Anderson Barros, do Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol. - Cesar Greco
O presidente Mauricio Galiotte e o diretor de futebol Anderson Barros, do Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol. Imagem: Cesar Greco

Colunista do UOL

17/07/2021 04h00

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Muito criticado por parte da torcida por não transformar o Palmeiras em destaque nas contratações no mercado da bola, Anderson Barros tem tido papel fundamental na reorganização do futebol. Desde a sua chegada em 2019, ele já conseguiu vender R$ 185 milhões, sem contar a rescisão de contrato importante como o de Ramires, por exemplo, o que rendeu uma economia de até R$ 30 milhões.

Ao todo, o diretor de futebol tem um superávit de mais de R$ 128 milhões, considerando a diferença do que arrecadou e do que gastou, o que faz ele cumprir exatamente a expectativa de Maurício Galiotte e seus vices, que admitem terem gastado demais em 2019 e precisaram de um choque de gestão para corrigir o rumo a partir de 2020, o que só se agravou com a chegada da pandemia.

Ele ainda foi o responsável por colher os frutos do investimento na base feito desde 2014 e comandar a reformulação do elenco, já que era o chefe do setor quando os jovens foram promovidos e se destacaram nas conquistas do Paulista, da Copa do Brasil e da Libertadores.

Anderson tem contrato com o Alviverde até dezembro deste ano e ainda não sabe se vai continuar no cargo. Apesar da avaliação positiva, a atual diretoria entende que a decisão precisa ficar com o próximo presidente por se tratar de um cargo estratégico.

O valor total ainda pode aumentar com saídas que já são tratadas como naturais, como é o caso de Matias Viña. O jogador quer jogar na Europa, o empresário já estabeleceu contato com vários times de lá e tem apresentado propostas que ainda não bateram no que o Alviverde considera ideal.

Ainda há chance de jovens serem negociados, como é o caso de Gabriel Menino, que está na Olimpíada de Tóquio, ou até de Patrick de Paula, que não consegue se fixar entre os titulares, mas tem contrato com o mega empresário Giuliano Bertolucci, que tem uma das redes mais poderosas do futebol mundial.

Wesley também tem sondagens desde os seus primeiros jogos no profissional e é outro que pode render lucro. A diretoria admite vender seus atletas para continuar evoluindo na situação financeira. Nesta temporada, abril registrou prejuízo de quase R$ 29 milhões, e o ano só segue no azul por causa dos títulos da Libertadores e da Copa do Brasil.