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Danilo Lavieri

Bom momento de Abel no Palmeiras vira motivo de pressão em Jesus no Benfica

Abel Ferreira durante partida contra o Sport pelo Brasileirão - Paulo Paiva/AGIF
Abel Ferreira durante partida contra o Sport pelo Brasileirão Imagem: Paulo Paiva/AGIF

Colunista do UOL

12/01/2021 09h39

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O excelente momento de Abel Ferreira à frente do Palmeiras virou motivo de comparação e de pressão para Jorge Jesus em Portugal. Em vias de confirmar uma vaga na final da Libertadores depois de abrir 3 a 0 no jogo de ida, o técnico do Alviverde agora tem sido motivo de assunto nas mesas redondas e no noticiário esportivo na Europa. A partida de hoje, às 21h30, contra o River Plate, inclusive, será transmitida por lá pelo canal Sport TV.

Não à toa, na última entrevista coletiva após a vitória diante do Sport, o comandante palmeirense recebeu uma pergunta do jornal O Jogo, de Portugal, sobre as semelhanças e diferenças entre eles.

"Não gosto de fazer comparações porque não trabalho com o trabalho dos outros. Dependo do meu trabalho, dos meus jogadores, dependo da estrutura que tenho e já disse várias vezes e volto a repetir: oferece-nos todas as condições para que, em todos os jogos, nós possamos dar o melhor e ganhar", pontuou.

Abel tem 19 jogo à frente do Palmeiras, com 13 vitórias, quatro empates e duas derrotas. Nos primeiros 19 jogos de Jesus, o retrospecto foi de 12 vitórias, cinco empates e duas derrotas, com uma eliminação na Copa do Brasil e sofrimento na Libertadores diante do Emelec, com arbitragem polêmica a favor do Flamengo.

Como destaca o próprio jornal português, "a favor de Abel Ferreira está a invencibilidade no mata-mata. Diferente de Jorge Jesus, eliminado nos quartos de final da Taça do Brasil face ao Athletico Paranaense nas primeiras semanas de trabalho, Abel acumula qualificações".

Depois de deixar o Brasil com status de ídolo, Jorge Jesus chegou a Portugal com grande respaldo, mas logo perdeu o apoio integral. Na sua estreia, o Benfica foi eliminado antes da fase de grupo da Liga dos Campeões diante do PAOK. E como nunca é demais lembrar, o time grego era treinado justamente por Abel Ferreira.

De lá para cá, a pressão aumentou. Em dezembro, o Benfica ainda perdeu a Supertaça para o Porto por 2 a 0 e ainda enfrentou turbulências como uma derrota por 3 a 0 para o Boavista e 3 a 2 para o Braga, ambas pelo Nacional, onde ocupa a 3ª colocação, quatro pontos atrás do líder Sporting.

Nos números no "Portuguesão", o desempenho não é ruim, mas a expectativa gerada pela chegada de Jorge Jesus e pelo investimento milionário era de um time avassalador. No mercado de verão da Europa, o Benfica gastou quase 100 milhões de euros em contratações como Pedrinho, do Corinthians, Everton Cebolinha, do Grêmio, Otamendi e Luca Waldschmidt. A quantia, como destacou o Diário de Notícias, outro jornal de Portugal, significa mais do dobro que gastaram Porto e Sporting juntos.