Palmeiras x São Paulo: difícil é saber qual técnico está mais pressionado
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O jogo de hoje entre Palmeiras e São Paulo, às 19h, coloca frente a frente técnicos que têm seus trabalhos bastante questionados. O difícil é saber qual dos dois entra mais pressionado para o jogo no Allianz Parque.
Do lado verde, Vanderlei Luxemburgo ainda não conseguiu engatar uma sequência que lhe traga paz total. Brigando pelo topo da tabela do Brasileirão e garantido no mata-mata da Libertadores, o treinador viu sua equipe fazer uma péssima atuação contra o Botafogo, na última rodada, e a chuva de críticas voltar.
A diretoria ainda diz que ele está prestigiado e não dá sinais de fazer troca, mas isso pode mudar dependendo do desempenho do clássico. É bastante improvável que uma derrota para o São Paulo seja suficiente para a troca no comando, mas ela pode ser a faísca que falta.
Por quê? O Palmeiras não perde do São Paulo desde 2017 no confronto geral. Como mandante, não é derrotado desde 2014, no jogo disputado entre eles no Pacaembu. No palco da partida de hoje, o Allianz Parque, o Alviverde já recebeu o rival em nove ocasiões, com oito vitórias e um empate, totalizando 24 gols marcados e só quatro sofridos.
Perder esse tabu, além de significar uma nova queda na classificação do Brasileirão já que o São Paulo é concorrente direto pelo G6 e ficou à frente após a última rodada, seria o suficiente para os diretores mais contrariados aumentarem a pressão em Galiotte. As cobranças de Luxemburgo por novas contratações já deixaram uma minoria - e, por enquanto, insignificante - insatisfeita pelo contexto de dificuldades financeiras que atravessa o time.
Do outro lado, Fernando Diniz não tem um elemento que seu concorrente tem: apoio da diretoria. Extremamente pressionado desde o início do seu trabalho, especialmente após a volta do futebol durante a pandemia, o comandante teve o prestígio para ficar até a última rodada, quando teve o seu cargo colocado em jogo em caso de derrota para o Atlético-GO.
Como ganhou, ele conseguiu paz para respirar e tentar seguir em frente. A questão é que uma derrota para o Palmeiras, mesmo com a freguesia história do Tricolor no Allianz, seria o sinal para que todas as cornetas voltassem a soar. A diretoria são-paulina tenta segurá-lo, especialmente por estar em fim de mandato, mas uma mudança não é descartada.
Os dois treinadores têm aspectos que o conectam bastante além da pressão. Os dois estão os que menos receberam reforços para esta temporada se comparados com os rivais do Brasileirão e têm conseguido dar bastante destaque para os garotos das categorias de base.
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