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Danilo Lavieri

Palmeiras mantém rotina de péssimas apresentações e falta de ideias

Colunista do UOL

02/09/2020 23h26

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O Palmeiras voltou a apresentar um péssimo futebol em jogo do Campeonato Brasileiro, com a capacidade até de afetar até o adversário com o mesmo problema. A "vítima" da vez foi o Internacional, que também não teve uma grande apresentação, mas ao menos tem a desculpa de ter jogado praticamente com o time reserva.

O time gaúcho ainda fez o gol aos 46 minutos do 2º tempo, em pênalti que o juiz primeiro preferiu não marcar, mas depois recuou após observar o VAR. O Alviverde ainda empatou com um gol que não poderia ser mais simbólico: Gustavo Gómez aproveitou um tropeço de Rony dentro da área para dar a assistência na cabeça de Luiz Adriano.

Antes desses últimos cinco minutos agitados, o jogo não apresentou nada. Vanderlei Luxemburgo testou mais uma formação, desta vez com apenas Luiz Adriano como atacante e uma linha de cinco no meio-campo formado por Patrick de Paula, Bruno Henrique, Gabriel Menino, Zé Rafael e Lucas Lima.

Não deu certo de novo. Luiz Adriano ficou isolado em boa parte do jogo, lutando sozinho contra a defesa adversária. Lucas Lima, mais uma vez, mostrou disposição, mas não pôde contar com seus companheiros para se movimentar em busca do espaço vazio. Para quem ele vai tocar se ninguém se mexer à frente? Para o lado.

Depois, Luxemburgo tentou colocar a sua equipe para frente. Tirou Gabriel Menino, que continua sendo escalado de maneira errada pelo lado do campo, e colocou Rony. O atacante saiu do banco, mas há até quem pergunte se ele entrou mesmo no gramado. Após a troca que sinalizava um time mais ofensivo, o treinador resolveu, então, ir na direção oposta ao tirar Zé Rafael para colocar Ramires.

O péssimo nível do futebol continuou mesmo com Eduardo Coudet promovendo as entradas de alguns titulares que estavam poupados, como Thiago Galhardo, Edenílson e Boschillia.

Com o clássico contra o Santos sendo a exceção, o Palmeiras já havia apresentado futebol ruim contra Athletico, Bahia, Goiás e Fluminense. A impressão é que o time fica esperando o aleatório para conseguir algo. Fechado atrás, a esperança fica por conta de uma bola parada ou um erro do adversário, porque a criação é inexistente. Aos 42 minutos do 2º tempo, o Palmeiras não tinha finalizado a gol nenhuma vez segundo o Sofascore.

É bem claro que há dificuldades para todos os times do país por conta da longa paralisação causada pela pandemia e pela falta de ritmo. Há, no entanto, vários que já exibem progresso como o próprio Internacional, o Santos e o Flamengo. Enquanto isso, o Alviverde se apoia na história de Luxemburgo e na aposta da diretoria do início do ano para manter o treinador que não dá sinal nenhum de evolução.