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Eduardo Cunha diz que vota em Bolsonaro: 'Representa o que enfrento, o PT'

4.mai.2016 - Então presidente da Câmara, ex-deputado Eduardo Cunha, em votação sobre renegociação de dívidas de produtores rurais - Wilson Dias/Agência Brasil
4.mai.2016 - Então presidente da Câmara, ex-deputado Eduardo Cunha, em votação sobre renegociação de dívidas de produtores rurais Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

24/05/2022 14h13Atualizada em 24/05/2022 18h21

O ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PTB), afirmou que votará em Jair Bolsonaro (PL) para a Presidência nas eleições de outubro. A declaração foi dada hoje em entrevista ao Pânico da Jovem Pan.

A questão não é gostar ou não dele. O Bolsonaro representa hoje aquilo que estou enfrentando, que é o PT. Eu sou antipetista.
Ex-deputado federal Eduardo Cunha

Ele acrescentou que "tirou o PT" em referência ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2016, quando foi aprovado o afastamento de Dilma, Cunha era presidente da Câmara dos Deputados.

Poucos meses depois, Eduardo Cunha renunciou ao cargo. Em setembro de 2016 seu mandato foi cassado. No mês seguinte, ele foi preso no âmbito da operação Lava Jato. Ele recebeu outras duas condenações e ficou cerca de três anos na prisão e mais um ano em prisão domiciliar. Há um ano Cunha está livre.

No programa Pânico, Cunha ainda declarou que é contra várias políticas públicas que o PT apoia, como o direito ao aborto e a reforma trabalhista. Recentemente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre os temas.

Sobre as eleições de outubro deste ano, Eduardo Cunha afirmou que o novo presidente pode ser definido em primeiro turno "se o PSDB não tiver candidato". Ele diz que o chamado "voto útil" fará com que todo mundo se defina.

Ontem, após meses de disputa interna no PSDB, o governador João Doria anunciou que não será mais candidato à Presidência. O partido deve apoiar Simone Tebet (MDB) numa aliança de partidos da terceira via.

"O PSDB está com dois caminhos: ou uma candidatura pífia ou apoiar Simone Tebet, que é a mesma coisa de não ter candidatura porque ela não vai a lugar nenhum", opinou Cunha.