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Aécio Neves defende que PSDB tenha candidatura própria ao Planalto

Aécio Neves (PSDB-MG) também lamentou que o PSDB tenha adiado a reunião da Executiva Nacional do partido -  Marcos Oliveira/Agência Senado
Aécio Neves (PSDB-MG) também lamentou que o PSDB tenha adiado a reunião da Executiva Nacional do partido Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo*

23/05/2022 20h03Atualizada em 23/05/2022 20h29

O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu que o partido tenha um nome próprio na disputa pela Presidência da República mesmo após a saída do tucano João Doria da disputa do pleito.

"A decisão do ex-governador João Doria de afastar-se da disputa presidencial obriga o PSDB a reabrir a discussão sobre como vamos enfrentar as próximas eleições. Continuo defendendo, como sempre fiz, que tenhamos candidatura própria", disse Aécio em nota.

Para o parlamentar, após o anúncio da desistência de Doria, "o partido está em condições de analisar outros nomes da nossa legenda que possam liderar não só o PSDB, mas também importantes setores do centro democrático, nesse momento grave da vida nacional".

Aécio também lamentou que o PSDB tenha adiado a reunião da Executiva Nacional do partido, que estava marcada para amanhã. A decisão foi tomada pela cúpula da legenda após o anúncio do ex-governador e foi remarcada para 2 de junho.

"Lamento que a reunião da executiva nacional tenha sido adiada. Espero que possamos nos reunir o mais rapidamente possível para debatermos de forma clara e democrática os caminhos para o nosso futuro", começou.

E acrescentou: "O PSDB nunca teve dono e não será agora, nesse momento grave da vida nacional, que terá. É hora de aproveitarmos esses últimos acontecimentos para reconstruirmos a unidade do PSDB em torno do único caminho que permitirá que o partido continue a cumprir sua trajetória em defesa do Brasil, ou seja, com uma candidatura própria à Presidência da República".

A opinião do deputado aponta para a divisão dentro do partido. Uma ala, liderada pelo deputado, defende que a sigla lance candidatura própria, preferencialmente do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite. Outro grupo, porém, avalia que os tucanos devem abraçar a campanha da senadora Simone Tebet (MDB-MS) pela chamada terceira via — grupo de oposição ao atual mandatário Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A reunião da Executiva Nacional remarcada havia sido combinada na última terça-feira entre os presidentes de PSDB, MDB e Cidadania, que negociam para lançar um candidato único da chamada terceira via. Na ocasião, ficou acertado que cada uma das siglas se reuniria amanhã, com seus respectivos dirigentes, para discutir o resultado de uma pesquisa que apontou Tebet como nome mais viável do que Doria.

*Com Tiago Minervino e Rafael Neves, em colaboração para o UOL, em Maceió, e do UOL, em Brasília