Topo

Se empresa pública for privatizada, vai demitir servidores, diz D'Avila

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/04/2022 11h24Atualizada em 27/04/2022 11h54

Luiz Felipe D'Avila (Novo), pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2022, disse hoje que, se eleito, trabalhará para promover parcerias público-privadas e privatizar estatais —e que, no segundo caso, demissões de funcionários inevitavelmente ocorrerão.

"Quando muda o controle, o novo controlador vai separar o joio do trigo. Tem muita gente boa que vai ser mantida, vai ganhar até mais, e outras vão ser demitidas", disse D'Avila em entrevista ao UOL. "É assim que acontece em qualquer empresa que é comprada por outra", completou.

O pré-candidato liberal, porém, destacou que é preciso ir além disso, vendo como o dinheiro arrecadado com privatizações e concessões pode ser utilizado para investimentos gerais, como nas áreas de tecnologia e educação.

"Podemos até criar uma legislação dizendo que parte do dinheiro das privatizações irá para programas sociais", sugeriu. "Vamos gastar dinheiro no que funciona e melhora a vida das pessoas", completou.

Também prometeu fazer uma campanha ao custo de R$ 4 milhões e ter uma vice mulher, vinda dos quadros de seu próprio partido.

O cientista político ainda defendeu ampliar as parcerias público-privadas para melhorar a eficiência do país e afirmou que o valor do auxílio emergencial, de R$ 400, tem que ser revisto, sendo focado em dar mais a quem precisa mais.

D'Avila participou da sabatina do UOL, em parceria com a Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira (27). A entrevista foi feita pelo colunista do UOL Josias de Souza e pela repórter da Folha Catia Seabra, com mediação da apresentadora Fabíola Cidral.

Ele apresenta 1% de intenção de voto na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada em 24 de março. Ele registra o mesmo percentual de Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PSTU). Lula (PT) lidera, com 43%; Jair Bolsonaro (PL) vem em seguida, com 26%; Sergio Moro (União Brasil) tem 8%; Ciro Gomes (PDT), 6%; e João Doria (PSDB) e André Janones (Avante), 2% cada um.

A estreia foi com a senadora Simone Tebet, do MDB, seguida de Ciro Gomes, do PDT, e Vera Lúcia, do PSTU.

Próximas sabatinas

  • João Doria (PSDB) - 28/4 - 10h
  • André Janones (Avante) - 29/4 - 10h

O ex-presidente Lula e o atual presidente, Jair Bolsonaro, não confirmaram participação nas sabatinas. A campanha de Lula disse que vai esperar a oficialização da pré-candidatura. Já a equipe de Bolsonaro não respondeu.