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Corolla GR: o que sabemos sobre Toyota que não é de tiozão e vem ao Brasil

José Antonio Leme

Do UOL, em São Paulo (SP)

06/04/2022 04h00

A Toyota quer mudar a imagem de "carro de tiozão" atrelada ao Corolla, seu principal produto no Brasil. Ou pelo menos parcialmente, já que os clientes mais experientes ainda seguem importantes para a marca japonesa.

Para isso, ela tem mostrado uma nova face da companhia aqui no Brasil com a chegada da divisão esportiva, Gazoo Racing (GR), e seus modelos apimentados. E entre eles está o Corolla GR, que está confirmado para o Brasil para 2023.

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O primeiro choque que o brasileiro terá com o Toyota esportivo está na carroceria: acostumado com o sedã, tempos atrás com a perua, e atualmente com o SUV, verá no Brasil pela primeira vez a carroceria hatch do famoso nome.

Toyota Corolla GR - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Motorização

Sob o capô, o Corolla GR vai oferecer um motor tricilíndrico de 1,6 litro, turbo, a gasolina que rende 304 cv a 6.500 rpm e 37,7 mkgf entre 3.000 e 5.550 rpm. Na base, é o mesmo motor que equipa a versão esportiva Yaris GR, do hatch compacto.

A diferença é que no Corolla ele ganhou mais potência e torque com uma nova calibração, mais agressiva, já que o carro também é maior. No Yaris são 270 cv e 36,7 mkgf desenvolvidos pelo motor 1.6 turbo.

Como no Yaris, o foco da Toyota é fornecer um esportivo "raiz". Por isso a empresa japonesa, tão conhecida por jogar câmbio automático CVT em tudo que pode por aqui, optou por uma transmissão manual de seis marchas.

A potência é entregue nas quatro rodas e pode ser ajustada eletricamente para dividir entre 60/40, 50/50 ou 30/70. Ou seja, é possível que este hatch tenha mais tração dianteira, seja equilibrado entre os dois eixos, ou tenha mais tração na traseira.

Toyota Corolla GR - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Construção de esportivo

A Toyota não se preocupou apenas em colocar muita potência dentro do cofre do motor, mas de otimiza-la aliviando peso. Por isso, o Corolla GR tem capô e painéis das portas dianteiras de alumínio. Na versão Circuit Edition, que será uma série limitada, traz ainda teto em fibra de carbono.

Isso foi feito porque, para receber o sistema de tração integral (4x4 sob demanda), o carro ficou 85,7 kg mais pesado do que o Corolla hatch convencional, então toda ajuda para redução de peso é bem-vinda.

Produzido sobre a plataforma TNGA-C, que é a modular para os carros da marca, o Corolla GR tem mais pontos de solda na carroceria e uso de adesivo estrutural (sim, algumas partes do seu carro são ligadas por um adesivo). Com isso, a marca aumentou a rigidez estrutural do modelo.

A suspensão é independente nos dois eixos, McPherson na frente, e multilink atrás. O sistema foi melhorado com barras estabilizadoras e amortecedores com molas integradas (coilover) e diferencial de escorregamento limitado.

Como "potência não é nada sem controle", a Toyota apostou em freios a disco ventilados nas quatro rodas. Na frente, eles têm 356 mm de diâmetro e na traseira 297 mm, ou o equivalente a 14" e 11,7", respectivamente.

Toyota Corolla GR - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Visual de sobrinho, não de tiozão

Se o ditado popular diz que "não basta ser, tem que parecer", a Toyota fez a lição de casa aqui também. Com um kit de carroceria com alargadores de rodas, para-choque com difusor e três saídas de escape integradas e na dianteira a grade em formato de colmeia, o carro é tão agressivo quanto poderia.

Os alargadores são responsáveis por cobrir as rodas de 18 polegadas que usam pneus de medida 235/40R18 e tem entradas de ar funcionais dispostas na parte frontal.

Claro que, por dentro, a Toyota ainda deixou sua marca e não ousou. O carro é simples, funcional, mas bem equipado. Os bancos esportivos são que há de mais chamativo ao lado do símbolo "GR" grafado no volante e no painel de instrumentos virtual de 12,3".

Toyota Corolla GR - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Segurança

Apesar de toda a agressividade do modelo, a Toyota também investiu em segurança, como fez com a linha 2023 de Corolla e Corolla Cross aqui no Brasil.

O Corolla GR traz o Toyota Safety Sense 3.0, que inclui frenagem autônoma de emergência com alerta de colisão frontal e detecção de pedestres, alerta de saída de faixa com correção no volante e assistente de centralização de faixa.

Esse último serve para, mesmo quando se está dentro da faixa de rodagem, manter o carro totalmente centralizado, é o sistema que o Honda City trouxe na nova geração na versão mais completa Touring.

A lista conta ainda com farol alto comutável, leitor de placas, controle de velocidade adaptativo, o ACC, e o lembrete de uso do banco traseiro, para os papais e mamães acelerados. Para zerar, temos alerta de ponto cego, alerta de tráfego cruzado traseiro e assistente de partida em rampa.

A se confirmar, ele vai estrear nos modelos da marca no Brasil, o Toyota Safety Connect, que é um sistema equivalente ao OnStar da GM.

Ele oferece notificação automática de colisão com chamada para equipes de emergência, assistência para caso de guincho e localização de veículo roubado.

Toyota Corolla GR - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

E o preço?

É cedo ainda para cravar um valor para o Corolla mais rápido de todos os tempos, por assim dizer. Mas levando em conta o valor do dólar, que o carro será importado do Japão, e considerando possíveis rivais que já estiveram por aqui na conta, como o Subaru WRX STI, não seria qualquer surpresa se o preço bater nos R$ 300 mil.

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