Tá faltando combustível? Abusar da reserva afeta funcionamento do carro
Maior desgaste das peças é um dos principais efeitos colaterais; andar na banguela também não é recomendado
A greve dos caminhoneiros entra em seu quarto dia e já prejudica o abastecimento dos postos de combustíveis. Sem gasolina disponível, fica a dúvida: andar com o tanque na reserva pode ser prejudicial a seu carro?
A resposta é sim. Um dos possíveis problemas é o acúmulo de resíduos no fundo do reservatório: como esta área jamais é lavada, o excesso de "sujeira" trazida pelo próprio combustível acaba sendo diluída no líquido.
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Riscos de andar só na reserva
+ Travou? Com pouco combustível no tanque, aumentam as chances de concentração de resíduo e consequente entupimento dos bicos injetores, podendo ocasionar engasgadas e até um problema mais grave no motor, além de afetar outras peças, como filtro e bomba de combustível.
+ Esquentou? Outro risco está na temperatura da bomba de combustível. A menor quantidade de líquido obriga a peça a funcionar em temperaturas mais altas, já que o próprio combustível ajuda a resfriá-la. Nesta condição extrema, o desgaste é maior e a vida útil da bomba é reduzida.
Consertar um defeito ocasionado por rodar com pouco combustível no tanque pode sair caro. Estima-se que o valor de uma nova bomba de combustível varia entre R$ 150 e R$ 300.
+ Parou? Há também o risco de sofrer uma "pane seca", ou seja, parar na via sem combustível. Neste caso, além do transtorno, o Código de Trânsito prevê uma multa de R$ 130,16 por cometer infração média e quatro pontos na carteira de habilitação.
Nada de banguela
Colocar o veículo em ponto morto antes de descidas, para tentar economizar algo neste momento, também não é recomendável. A prática conhecida como "banguela" traz riscos para a integridade do veículo e dos passageiros.
"Nossa orientação é que não se utilize o ponto morto em nenhum momento que o veículo estiver em movimento. O mais eficiente e seguro é o carro estar sempre engrenado", enfatiza Gerson Burin, coordenador técnico do Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária).
O (mau) hábito vem da época dos carros carburados, e até fazia sentido naquele tempo, já que o motor nunca parava de receber combustível e o fluxo com a embreagem desacoplada era um pouco menor. Entretanto, nos modelos com injeção eletrônica o sistema monitora constantemente o comportamento do motor a fim de otimizar o consumo. Assim, mesmo que o propulsor esteja embreado, o índice de injeção de combustível será zero se o acelerador não estiver acionado.
Além disso, quando o carro desce em neutro os giros ficam lá embaixo e a central eletrônica entende que é preciso injetar determinada quantidade de combustível para evitar que o motor não "morra". Ou seja: nos tempos atuais a "banguela" faz você gastar mais combustível ao invés de economizar.
Outro problema de descer na banguela é o maior desgaste do sistema dos freios, principalmente quando o motorista não usa o freio-motor para reduzir a velocidade pela própria relação de marchas.
E se falta argumento capaz de convencê-lo há também o financeiro. Afinal de contas, o ato de "[rodar] desligado ou desengrenado em declive" é classificado como infração média, com perda de quatro pontos na CNH e multa de R$ 130,16, além da possibilidade de retenção do carro.
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