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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Nanda Costa teve pré-eclâmpsia na gestação; veja os fatores de risco

Nanda Costa relatou problemas que enfrentou no parto e no puerpério  - Reprodução/Instagram
Nanda Costa relatou problemas que enfrentou no parto e no puerpério Imagem: Reprodução/Instagram

Do VivaBem*, em São Paulo

21/11/2021 10h36

A atriz Nanda Costa escreveu um relato neste sábado (20), no Instagram, sobre o parto das gêmeas Kim e Tiê. Apesar de ter vivido uma gravidez tranquila, ela contou que teve pré-eclâmpsia na reta final, uma doença hipertensiva (pressão alta), acompanhada da perda de proteína na urina (proteinúria) que pode aparecer nas gestações a partir da 20ª semana.

Na rede social, Nanda disse que, por conta deste quadro, também teve falha em seus rins, que pararam de funcionar corretamente. "Mas, de repente, minha pressão subiu, meus rins começaram a parar e, com 35 semanas e 3 dias de gestação, precisamos antecipar o parto", conta.

Segundo os especialistas, considera-se hipertensão arterial igual ou acima de 140/90 mmHg. No caso da atriz, ela relatou ainda que, mesmo após o parto, a pressão dela chegou a 180x90. "Imagina isso para uma pessoa que sempre teve a pressão 90x60".

A causa mais comum da pré-eclâmpsia é decorrente da alteração na implantação da placenta, que quando não ocorre de maneira adequada ocasiona aumento na resistência dentro dos vasos sanguíneos, fazendo com que a pressão se eleve. A doença pode ser diagnosticada por meio de exames e avaliações médicas.

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 92% das mortes maternas são consideradas evitáveis, e ocorrem, principalmente, por hipertensão (incluindo pré-eclâmpsia), hemorragia ou infecções puerperais. A morte materna é qualquer morte que ocorra durante a gestação, parto ou até 42 dias após o parto.

Fatores de risco e sintomas

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia, é possível destacar, principalmente:

  • Pacientes muito jovens (geralmente abaixo dos 19 anos);
  • Pacientes acima dos 35 anos;
  • Hipertensão (quem já tinha problemas de pressão);
  • Diabetes;
  • Obesidade;
  • Pré-eclâmpsia em gestações anteriores;
  • Gestação múltipla;
  • Trombofilias (síndrome do anticorpo antifosfolípide);
  • Lúpus.

Se houver um diagnóstico precoce, que aponte a probabilidade de a paciente desenvolver a pré-eclâmpsia, é possível receitar ácido acetilsalicílico (AAS) e cálcio, como forma preventiva.

Pequenas doses de AAS (100 a 150mg/dia) entre 12 a 36 semanas de gravidez, e a administração de cálcio, de 1 a 2 gramas por dia, principalmente em mulheres com baixa ingestão deste nutriente, diminui, em até 70% o risco de pré-eclâmpsia. Mas qualquer medicamento só deve ser ingerido com prescrição e avaliação médica.

A pré-eclâmpsia não se trata de uma doença hereditária. O que se sabe, entretanto, é que pacientes que desenvolveram a doença em uma gestação tem mais chance de desenvolver novamente

Ela pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

  • Inchaço no corpo todo;
  • Alteração de visão;
  • Diminuição do volume urinário;
  • Falta de ar;
  • Redução do líquido amniótico.

Em casos graves, pode afetar e causar graves lesões nos rins e no fígado. Em situações extremas, leva ao inchaço do cérebro e causa alteração na função hepática (síndrome de Hellp) e, eventualmente, derrame.

* Com informações de reportagem publicada em 26/04/2020.