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Batimento cardíaco de Gilberto, do BBB 21, chega a 210; é perigoso?

BBB 21: Gil fala sobre noite quente com Lucas - Reprodução/ Globoplay
BBB 21: Gil fala sobre noite quente com Lucas Imagem: Reprodução/ Globoplay

Luiza Vidal

Do VivaBem, em São Paulo

10/02/2021 18h31

Durante o programa do BBB 21 desta terça-feira (9), o então emparedado Gilberto passou por momentos de estresse e seu batimento cardíaco chegou a quase 210 bpm (batimento cardíaco por minuto).

Os telespectadores e o próprio apresentador do programa, Tiago Leifert, assustaram-se com o número. As pessoas se preocuparam com a saúde dele e, principalmente, se o pernambucano poderia sofrer um infarto ao vivo.

Mas Rica Buchler, médica cardiologista da Clínica Buchler e diretora da reabilitação cardíaca do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (SP), diz que descartaria o risco de um infarto do participante por conta da idade dele —Gilberto está com 29 anos —, a não ser que ele tenha algum problema prévio de obstrução coronária. "Neste caso, pensaria mais em uma arritmia cardíaca rápida do que num infarto, pela pouca probabilidade de, na idade dele, ocorrer isso". A arritmia cardíaca é quando ocorre uma desordem dos batimentos cardíacos.

A cardiologista explica que o estresse, que Gilberto deveria estar sentindo durante o paredão, pode ter sido o culpado pelas mudanças no batimento cardíaco. Além disso, o consumo de bebidas estimulantes como café, refrigerante de cola ou chá, durante o dia, também é algo que pode causar alteração.

Para um adulto em repouso, o normal da frequência cardíaca é oscilar entre 60 e 100 bpm. Em um atleta, por exemplo, esse número pode chegar a 40.

De acordo com a cardiologista do Instituto Dante Pazzanese, o batimento cardíaco do Gil, de fato, ficou muito acima do esperado —uma fórmula não muito precisa de estipular a frequência máxima de alguém é fazer a conta 220 menos a idade da pessoa. Portanto, a de Gil seria por volta de 190 bpm.

"Numa situação de estresse forte, poderia ter chegado até uns 190. Agora, 210 é bastante. É um padrão muito acima do máximo esperado", diz a médica. Entretanto, ainda assim, se não há histórico de doenças do coração, não há risco. "Se não há doença cardíaca, os números voltam rápido ao normal".