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Dieta mediterrânea reduz riscos de diabetes tipo 2 em mulheres, diz estudo

Dieta inclui frutas, vegetais, peixes, azeite, além de vinho e derivados do leite - iStock
Dieta inclui frutas, vegetais, peixes, azeite, além de vinho e derivados do leite Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

26/11/2020 19h21

A dieta mediterrânea, que inclui frutas, vegetais, peixes, azeite, além de vinho e derivados do leite, é capaz de diminuir os riscos de mulheres desenvolverem diabetes tipo 2, segundo um estudo publicado no periódico Jama no dia 19 de novembro.

Com o objetivo de entender por qual motivo a dieta é capaz de reduzir as chances de desenvolver a doença, os cientistas buscaram biomarcadores. Os principais foram os de resistência à insulina, IMC (índice de massa corporal), adiposidade, além de níveis de HDL (colesterol "bom") e inflamação.

Como o estudo foi feito

  • Os pesquisadores da Universidade de Harvard examinaram dados de 25.317 mulheres norte-americanas saudáveis e que tinham uma idade média, no início do estudo, de 52,9 anos;
  • Os dados foram coletados de novembro de 1992 a dezembro de 2017, e analisados de dezembro de 2018 a dezembro de 2019;
  • Ao todo, 2.307 participantes desenvolveram diabetes tipo 2, mas as participantes que tiveram maior adesão à dieta mediterrânea no início do estudo apresentaram um risco 30% menor de ter a doença, em relação às mulheres que não aderiram à dieta;
  • Outro resultado é que esse efeito antidiabético da dieta não parece se estender nas mulheres com peso considerado saudável (IMC abaixo de 25);
  • Além disso, a dieta melhora a resistência à insulina, o colesterol e a inflamação.

Por que este estudo é importante?

As descobertas, segundo os autores do estudo, mostram que, ao melhorar a dieta, as pessoas podem diminuir os riscos de desenvolver diabetes tipo 2, especialmente se estiverem com sobrepeso ou obesidade.

"E é importante notar que muitas dessas mudanças não acontecem imediatamente. Embora o metabolismo possa mudar em um curto período de tempo, nosso estudo indica que há mudanças de longo prazo acontecendo que podem fornecer proteção ao longo de décadas", explica a autora Samia Mora, de Harvard, ao site Medscape Medical News..