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Antioxidante artificial é 100 vezes mais poderoso do que os naturais

Daniela Jovanovska-Hristovska/Istock
Imagem: Daniela Jovanovska-Hristovska/Istock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

12/09/2018 10h48

Os antioxidantes --presentes em alimentos como frutas vermelhas, azeite de oliva e açafrão -- tornaram-se uma das substâncias mais procuradas quando se trata de alimentação saudável.

Agora, pesquisadores da UBC Okanagan e da Universidade de Bolonha descobriram que o TEMPO --sigla de um conhecido antioxidante artificial -- é até 100 vezes mais poderoso do que a forma natural e pode ajudar a neutralizar desde danos à pele até reduzir sintomas da doença de Alzheimer.

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De acordo com o professor de Química da UBC Okanagan, Gino DiLabio, e co-autor do estudo publicado no Journal of the American Chemical Society, os radicais livres --moléculas combatidas pelos antioxidantes -- são altamente reativas e estão naturalmente presentes no corpo, sendo criadas constantemente durante processos rotineiros, como a respiração. "Mas quando o nosso corpo tem muitos, como quando estamos expostos à radiação UV do sol, quando fumamos ou até quando bebemos álcool, pode ser um problema", explica DiLabio.

Essas moléculas extremamente reativas podem danificar células ou DNA e contribuir para muitas doenças diferentes, como o Alzheimer, e alguns pesquisadores acreditam que são responsáveis pelo envelhecimento.

Enquanto o corpo já tem suas próprias defesas químicas contra os radicais livres por meio da vitamina C e vitamina E, os cientistas envolvidos na análise buscavam entender como o antioxidante TEMPO funcionaria.

Para explorar a ideia, os pesquisadores usaram um ambiente celular artificial para testar a eficácia do TEMPO --em comparação com a vitamina E -- na conversão de radicais livres em moléculas não prejudiciais.

"Ficamos surpresos ao saber que o TEMPO foi até 100 vezes mais rápido na conversão de radicais livres do que a vitamina E em ambientes gordurosos", diz DiLabio. "Isso significa que pode ser um meio particularmente eficaz de proteger dos danos radicais os tecidos da pele ou até mesmo as paredes das células."

Em conclusão, o pesquisador afirma que o estudo busca ajudar o desenvolvimento de uma terapia farmacêutica para ajudar a prevenir danos causados pelos radicais livres.

"Imagino que possa ser desenvolvido algo como um creme para proteger sua pele após a exposição ao sol ou até mesmo uma pílula que poderia proteger seus neurônios de serem danificados. As possibilidades são animadoras”.

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