Você sabia que relacionamentos tóxicos podem acabar com sua saúde?

O relacionamento humano é uma das coisas mais complexas que existe, seja em nível conjugal, familiar ou profissional. Desde que o mundo é mundo, existem rixas, desavenças, assédio e intolerância. No entanto, com o advento da internet e, principalmente, das redes sociais, os relacionamentos e suas nuances tóxicas literalmente explodiram.

No passado, as pessoas trocavam farpas, se ofendiam, mas ficavam muito tempo sem se ver, sem ter notícias do outro. A separação física fazia com que as coisas se acalmassem, os ânimos esfriassem e cada um seguia sua vida. Na era digital, esse distanciamento ficou algo muito raro. Essa possibilidade de encontrar a pessoa de modo virtual, mandar mensagens a qualquer hora, criar um perfil "fake" para continuar assediando e incomodando se tornou um dos principais mecanismos de um relacionamento tóxico. Antigamente, as perseguições eram cenas de um bom filme de ação; atualmente, estão presentes na rotina de famílias, casais e ambientes corporativos.

Um relacionamento tóxico pode ser definido como aquele que afeta nossa saúde mental, nossa saúde física, reduz drasticamente nossa produtividade e transforma o senso de alegria em um verdadeiro pesadelo. Você já passou por isso em algum momento de sua vida? Aquele ambiente corporativo recheado de pressões psicológicas, ameaças e assédios? Um casamento pautado pelo desrespeito, deboches e agressões físicas e verbais?

Pois bem, um relacionamento tóxico pode comprometer a longevidade saudável de um ser humano, causando feridas físicas e na alma, tal como deixar sequelas e traumas para o resto da vida. Pode-se dizer que uma pessoa vítima de um relacionamento tóxico é um tipo de pessoa antes e outra pessoa depois dessa dura vivência. Aquela pessoa que no passado era ativa, alegre, preocupada em atingir metas e sonhos, transfoma-se num ser humano inferiorizado, abatido, descrente das coisas e extremamente revoltado.

Nesse ambiente tóxico, dois personagens podem ser identificados como causadores de todos esses sentimentos negativos que já foram citados. Existe aquela pessoa declaradamente maléfica, que não esconde suas intenções de machucar seu parceiro ou parceira, que não se envergonha de intimidar seu colega de trabalho por meio de chantagens e pressões psicológicas.

Num primeiro momento, nossa tendência é considerar que esse tipo de pessoa maléfica seria a pior de todas. No entanto, resultados de pesquisas recentes sobre o comportamento humano revelaram que existe um segundo tipo de pessoa maléfica, o pior tipo de todos —aquela pessoa que é amiga e que é inimiga. Explicando melhor: dependendo da ocasião e da circunstância, existem pessoas que se comportam de forma diferente, ora apoiando e parecendo ser uma pessoa do bem, ora trocando de máscara e mostrando um perfil ditatorial, radical e agressivo.

Na língua inglesa, amigo se fala friend e inimigo é enemy. Da junção dessas palavras, cientistas do comportamento humano criaram um novo conceito de pessoa: o "frenemy". Esses cientistas chamam atenção para a necessidade de evitar relacionamentos com um "frenemy", pois seria o maior nível de relacionamento tóxico possível, com um impacto avassalador para nossa saúde física e mental.

Conviver com um "frenemy" significa viver deprimido, tenso, com crises de pânico, além de picos frequentes da pressão arterial e palpitações do coração. A melhor estratégia é, o mais rápido possível, criar condições para sair desse ambiente e buscar sua paz de espírito. Essa tomada de decisão nem sempre será fácil, pois questões familiares, como filhos, ou questões profissionais, como padrão financeiro, podem estar em jogo.

Seja como for, se estiverem inseridos num relacionamento tóxico, principalmente quando o vilão é um "frenemy", e se quiserem realmente viver bastante com paz e com saúde, olhem mais para vocês do que para outros aspectos e saiam desse inferno o mais breve que puderem.