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Ibeji, Iemanjá e Oxumaré influenciarão 2022, o ano do renascimento pós-caos

"A força de Iemanjá no novo ano vai empoderar mulheres e pessoas LGBTQIA+", diz espiritualista - Joa_Souza/ iStock
'A força de Iemanjá no novo ano vai empoderar mulheres e pessoas LGBTQIA+', diz espiritualista Imagem: Joa_Souza/ iStock

Claudia Dias

Colaboração para Universa

18/12/2021 04h00

Depois de Oxum regendo o último ano, 2022 terá influência forte dos orixás Ibeji, Iemanjá e Oxumaré. Para a umbanda, o novo ciclo promete ser bastante emblemático. "É como um renascimento no meio de todo o caos, que vai se acalmando", resume a espiritualista Cigana Kélida.

Segundo ela, os orixás são sincretizados com as forças da natureza, atuantes na vida das pessoas e no ano que se inicia. Entender tal processo e essa energia permite aprender como agir em determinadas situações e compreender o motivo pelo qual alguns ciclos são mais propícios e outros, desfavoráveis.

Ibeji revela dois lados da moeda

Os orixás gêmeos Ibeji representam a contradição, os opostos que caminham juntos, a dualidade. Considerando a influência deles, 2022 será um ano de mostrar o outro lado da moeda, de fazer as pessoas enxergarem que nada é tão ruim que não dê para tirar uma lição para a vida e nada é tão bom que as faça esquecer de ter empatia.

"Ibeji nos faz refletir sobre ver o lado bom das situações. É a famosa pergunta: 'O que posso aprender em relação a isso?'", ilustra Kélida.

Outra faceta é a verdade nua e crua com um toque de malícia, ou seja, verdades ditas brincando, já que Ibeji são duas crianças. "A sinceridade é um fator crucial desse orixá, cuja grande atuação no plano espiritual é levar os pedidos ao pai maior", explica a especialista.

Iemanjá empodera mulheres e LGBTQIA+

Já a rainha do mar, Iemanjá, aparece como a grande mãe protetora das cabeças. Isso porque, para lidar com toda a dualidade e montanha-russa emocional da regência de Ibeji, é primordial se sentir parte de algo muito maior, como argumenta a Cigana Kélida.

Além do mais, a força de Iemanjá no novo ano vai empoderar mulheres e, principalmente, a comunidade LGBTQIA+, trazendo muitas oportunidades e destaques em várias áreas.

Segundo a espiritualista, 2022 é o ano do brilho, de altos cargos para a comunidade LGBTQIA+. Virão os primeiros nomes em diretorias, presidência de grandes corporações, não só no mundo da moda, mas também na área financeira e de automóveis, mercados fechados e machistas. Na música, será o ano de Gloria Groove.

"Para a comunidade trans, chegou a hora de brilhar e aparecer, utilizar as redes sociais para falar de causas, dos preconceitos sofridos, um diário da vida", diz a Cigana Kélida. Ela ressalta que é hora de dar espaço a todos, sem as minorias nos bastidores. "O palco principal chama a todos no ano de Iemanjá e Ibeji. Podemos dizer que é o ano de libertação", comenta.

Não bastasse as mulheres e a comunidade LGBTQIA+ ficarem mais em evidência, o comportamento das pessoas em geral, tão reclusas nos últimos anos, também vai ser proporcional à vontade de se libertar de tanta privação.

"É o ano de se reinventar e dizer a que veio, se a causa e a luta estiverem no sangue. Mas é importante lembrar que as emoções estarão à flor da pele, com altos e baixos. Entretanto, em tudo será possível tirar uma lição", comenta Kélida.

Oxumaré traz equilíbrio para emoções

Já a força de Oxumaré simboliza a união entre o masculino e o feminino, possibilitando a existência de tudo o que se complementa. O orixá é representado por uma grande cobra-arco-íris envolvendo a Terra e permitindo a renovação.

"Oxumaré é o fator renovador e complementar do ano, que chega para equilibrar as emoções de uma energia descomunal e eletrizante de Ibeji e a força emocional de Iemanjá, já que os altos e baixos deste orixá tendem a levar pessoas mais sensíveis a uma onda de emoções fortes, amores e atitudes acaloradas", explica a especialista.

A força de Oxumaré vai aparecer mostrando o grande poder da transformação, de fazer um limão virar limonada, de olhar para uma grande tempestade e agradecer o arco-íris que vem depois. Como observa Kélida, "a oportunidade vai surgir para quem permitir se renovar".

Como Oxumaré não para nunca, a força da mobilidade e a sensação da vida passando rápido serão muito marcantes neste novo ciclo. "Esperamos um ano de compreensão nítida do bem e do mal", acrescenta.

O que deve acontecer em 2022

A seguir, a espiritualista Cigana Kélida conta o que vislumbra para o ano que se inicia.

Meio ambiente

"A primeira coisa que a espiritualidade me mostra é uma necessidade de investimento em energia eólica. Vejo grandes fazendas para geração de energia sustentável, que se fará necessária para suprir as necessidades surgidas com a poluição e o desmatamento cada vez em altos. O próximo ano será de muitas secas, grandes estiagens, o que demandará um investimento bem alto em energia. As temperaturas ficarão extremamente altas, principalmente no Brasil. Ainda no ano de 2022, teremos um vazamento causando uma poluição descomunal."

Política

"É importante ficar em alerta com as grandes potências que se provocaram e necessitaram de grande apaziguamento para não haver conflitos maiores, que vão acabar prejudicando toda a humanidade. Um grande líder mundial, dos Estados Unidos, cortará relações com outra grande líder mundial. Vejo-o cortando uma fita e isso trará consequências sérias para muitas nações.

Para a política no Brasil, haverá muitos ataques, brigas, provocações e ira, debates que não levam a nenhum lugar. Teremos a vitória de um candidato no primeiro turno. Um político terá grave problema no intestino, o que poderá levá-lo a falecimento. O filho de uma pessoa ligada a política sofrerá um acidente ao sair de uma festa".

Copa do Mundo

"A competição de 2022 será positiva para países europeus, ao contrário do Brasil. A seleção brasileira terá maior sucesso com jogadores mais jovens".

Religião

"Um sacerdote cristão de alto escalão fará sua partida. Vejo-o carregando uma cruz talhada de rosas".

Geral

"Haverá comemorações coletivas, sobretudo ligadas ao bem-estar. O carnaval, a festa da alegria, vai ocorrer em formato menor, mas acontecerá em várias cidades do país. O turismo externo crescerá e o interno ainda estará escasso."