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Médico diz que menina grávida no ES estava com diabetes gestacional

O médico afirma que a glicemia elevada é rara em crianças e pode ter efeitos para a vida toda - AgFang/Istock
O médico afirma que a glicemia elevada é rara em crianças e pode ter efeitos para a vida toda Imagem: AgFang/Istock

Do UOL, em São Paulo

17/08/2020 20h26

A menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada, no Espírito Santo, estava com diabetes gestacional. A informação foi confirmada pelo médico que realizou a interrupção da gravidez. O principal suspeito do estupro é o tio da criança, que está foragido.

"Quando a diabetes gestacional é diagnosticada precocemente, é feito o tratamento adequado. Geralmente, a gente consegue contornar e ter uma gravidez sem complicações", disse Olímpio Barbosa de Morais Filho em entrevista ao jornal A Gazeta.

A condição pode causar um parto prematuro ou a morte do feto ainda no útero. A menina vai precisar passar por acompanhamento para verificar se a diabetes persiste após o fim da gestação:

"Soube através da equipe que a glicemia da paciente estava elevada. É estranho uma criança ter glicemia elevada com 10 anos, porque geralmente a diabetes acontece em pessoa mais idosa. Existe uma diabetes chamada tipo 1 que acontece com criança. Se a glicemia continuar alta, terá de fazer tratamento o resto da vida."

O procedimento de interrupção da gravidez foi iniciado ontem à noite e finalizado hoje pela tarde no Cisam (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros), ligado à UPE (Universidade de Pernambuco), no Recife.

A menina estava com 22 semanas de gestação e segue em recuperação. Ela não corre risco de morte e não há previsão de alta.