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Mês do Orgulho LGBTQ+

Huck lembra momento em que irmão contou que é gay: "Foi muito corajoso"

Fernando Gronstein, Luciano Huck e Angélica durante live no Instagram  - Reprodução/Instagram
Fernando Gronstein, Luciano Huck e Angélica durante live no Instagram Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa

14/06/2020 15h21

O cineasta Fernando Grostein Andrade, irmão de Luciano Huck, fez uma live no Instagram neste domingo (14) que contou com a presença do apresentador e da mãe dos dois, Marta. Fernando transmitiu uma conversa com eles sobre o momento em que revelou a eles que é gay, há cerca de 20 anos. Escolheu a data de hoje por coincidir com a Parada LGBT de São Paulo, realizada online neste ano por causa da pandemia de covid-19.

Na live, Huck lembrou o dia em que Fernando o procurou para falar sobre sua orientação sexual. "Você era um menino, tinha 18, 19 anos. Me procurou no escritório que eu tinha em São Paulo. Foi muito corajoso. Você sabe que no mundo que a gente vive, a vida de quem você ama muito não vai ser a vida mais tranquila [ao se assumir gay]. Mas isso mudou, de geração pra geração vem evoluindo e avançando", disse Huck.

Fernando contou que o irmão foi a primeira pessoa para quem ele disse ser gay. "E a primeira coisa que você fez foi me dar a mão, me abraçar e dizer que a gente tava juntos", disse.

Em certo momento, a apresentadora Angélica, mulher de Huck, também participou da live, mas apenas como espectadora da conversa dos irmãos. Depois que ela saiu, o marido teceu elogios a ela. "Angélica conseguiu engraxar melhor minhas engrenagens. Ela tem uma visão muito sobre sexualidade, sobre as escolhas de cada um", afirmou.

Mãe teve medo pelo filho

A mãe de Fernando apareceu no começo da live e também relembrou o momento em que o filho se assumiu gay em um jantar da família com ela, Huck e o marido dela, Andrea, padrasto dos dois irmãos.

Ela diz que chorou quando ele contou. "Me preocupou o que podia te acontecer, as dificuldades que ia passar. Estava vendo todos os pontos negativos", disse. Ela disse que passaram muitos fantasmas por sua cabeça. "Que fantasmas?", perguntou Fernando.

"A violência que o preconceito traz, junto com a rejeição, imaginar que o filho pode se afastar, que vai apanhar na rua, vai ter que viver com dificuldades", desabafou a mãe.

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