Topo

Como se livrar das bolinhas que aparecem no bumbum

Bolinhas no bumbum - iStock
Bolinhas no bumbum Imagem: iStock

Manuela Aquino

Colaboração para Universa

28/10/2019 04h00

Elas podem ser confundidas com acne, pela cor e formato, mas as bolinhas que dão o ar da graça no bumbum levam o nome técnico de foliculite de nádegas. Podem aparecer em qualquer região onde nasçam pelos, sendo comum nos glúteos e na região da virilha.

"Elas aparecem por uma obstrução que dificulta a saída do pelo. Ele acaba ficando preso na pele e gera um processo inflamatório", diz a dermatologista Fabiana Seidl, do Rio de Janeiro.

Em casos iniciais, aparecem bolinhas vermelhas e é comum o surgimento de pus pela inflamação ou até mesmo infecção por bactérias. A acne tem a ver com as glândulas sebáceas e surge mais no rosto, colo e costas.

"Na acne, geralmente há a presença da bactéria P. Acnes, que entra no poro da pele e inflama. Já a foliculite é uma inflamação do folículo piloso, então pode doer, coçar, deixar a região sensível", diz o dermatologista Jardis Volpe, de São Paulo.

Pode parecer uma bobagem, algo para o qual você não deve ligar, mas não é bem assim. Na maioria dos casos, essa inflamação é superficial. Só que, quando atinge áreas mais profundas do folículo piloso, a consequência pode ser a o aparecimento de furúnculos, que podem deixar cicatrizes no local.

"Esse processo também pode gerar manchas, a chamada hipercromia pós-inflamatória. Por isso, nunca tente espremer as bolinhas de pus, o que pode piorar a inflamação, espalhando pus e bactérias, e em casos mais graves, pode ser necessária a internação hospitalar para administração de antibióticos venosos", diz Fabiana Seidl.

De olho nas causas

Não é difícil prevenir e evitar inflamações na área. Um das causas é a transpiração em excesso, associada ao uso de tecidos justos e grossos, que não permitem a oxigenação da região e pioram o problema.

Quem percebe as bolinhas deve evitar roupas muito coladas ao corpo. Por isso, prefira sempre peças de algodão. "É importante também se enxugar bem após o banho, para não criar um ambiente úmido, propício para que fungos e bactérias se proliferem na pele. Eles podem entrar no folículo, causando a foliculite", diz o dermatologista Felipe Codarin, da clínica Mais Duo, de São Paulo.

Outra questão importante é a depilação. Métodos como cera, lâmina e cremes enfraquecem a haste do pelo, que terá dificuldade de sair da pele, provocando mais chances de encravar. Fazer esfoliação uma semana antes de usar cera ajuda. Para quem vai de lâmina, o melhor é o aparelho no sentido do crescimento dos fios. Depois do procedimento, limpe a área com água fria e hidrate bem.

Para se livrar definitivamente do problema, a opção é a depilação a laser, que pode ser feita em consultório. "Há acessórios como o iPilator, que também evita a foliculite. Quanto aos outros métodos, ainda não existe um que não cause lesões à pele, mesmo que pequenas", diz Jardis Volpe.

Quem não abre mão da cera, pode usar, além da esfoliação, um creme pós-depilatório à base de peróxido de benzoíla para evitar as bolinhas. "São indicadas também loções ou cremes anti-inflamatórios, como Lipex Canola UB, que acalmam. É muito importante hidratar na sequência com ativos como Hyaxel, Pantenol e Arct-Alg", diz o dermatologista.

Ritual de beleza com o bumbum

Incluir a região do bumbum nos cuidados diários com a pele vai evitar problemas no futuro. E não é preciso muito, não. Realizar esfoliação regularmente, uma ou duas vezes por semana, ajuda bastante. Só evite usar bucha vegetal.

"Não recomendo, pois, com a umidade, ela se torna o ambiente perfeito para proliferação de fungos e bactérias, além de criar microlesões na região e deixá-la mais ressecada e sensível, o que pode piorar muito o problema", diz Fabiana Sedil. É importante também hidratar os glúteos todos os dias para restaurar a barreira cutânea, mas opte por versões menos oleosas tanto de cremes como de filtros solares.