Redes sociais estão fazendo adolescentes se sentirem solitários, diz estudo
Que as redes sociais mudaram a forma como nos comportamos e nos comunicamos, é fato. Mas o uso intensivo do Instagram e do Facebook, por exemplo, podem impactar diretamente na solidão das crianças, especialmente as que têm entre 12 e 18 anos.
Dados divulgados pela Childline, serviço britânico de atendimento psicológico a crianças, mostraram que entre 2017 e 2018 houve um aumento no número de meninos e meninas procuraram atendimento com queixas de isolamento e solidão, totalizando mais de 4600 aconselhamentos sobre este assunto em menos de um ano.
O motivo? As redes sociais.
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Um dos índices mais alarmantes do relatório é que 80% dos aconselhamentos foram prestados a meninas, que demonstram afastamento de outras crianças e adultos em decorrência da intensa comparação com outras, da mesma idade, nas redes sociais.
Enquanto a maioria das ligações foi feita por adolescentes, o "solitário" mais jovem a prestar queixa tem 10 anos.
“Recentemente, me sinto muito isolado e sozinho. Eu vejo todos os meus amigos se divertindo nas redes sociais e isso me deixa pra baixo, eu sinto que ninguém se importa o suficiente para me convidar", reportou um deles.
Dame Esther Rantzen, fundadora da Childline, diz no relatório que os sentimentos de solidão devem ser levados a sério e requer olhos atentos dos pais.
“A solidão é potencialmente prejudicial à saúde física e mental das crianças. A questão crucial é: o que está causando esse aumento [do isolamento] entre os jovens?", questiona. "Estamos todos ocupados demais para criar espaço e tempo para nossos filhos? Será que perdemos o hábito de comer juntos? Ou é a ilusão criada pelas redes sociais de que todo mundo gosta?"
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