Elas ganharam fama, oportunidade e dinheiro por causa de sexo - e tudo bem
Ousadas e cheias de determinação, essas celebridades não tiveram vergonha de desmistificar o sexo nem de lucrar - diretamente ou indiretamente - com o assunto.
Madonna
A diva do pop nunca teve medo de abordar temas ligados ao sexo - principalmente certos tabus - em entrevistas, músicas ou shows e é uma referência até hoje de artista que batalhou pelo empoderamento feminino. Em 1992, Madonna lançou o polêmico álbum "Erotica", no qual encarna a dominatrix Dita, e o livro "Sex", com imagens assinadas pelo badalado fotógrafo norte-americano Steven Maisel. "Sex" foi um sucesso absoluto de vendas - em apenas três dias, a primeira tirarem de 1,5 milhão de cópias a 50 dólares cada esgotou nas lojas. Na obra, hoje objeto de colecionadores, Madonna surge nua em várias páginas e protagoniza cenas de sadomasoquismo, fetiche, masturbação, sexo oral e grupal ao lado de famosos como a atriz Isabella Rossellini, a top model Naomi Campbell e o rapper Vanilla Ice.
Andressa Urach
Hoje convertida à religião evangélica e cursando Enfermagem, Andressa Urach ganhou fama com a participação no reality show "A Fazenda" (2013), ensaios sensuais e por desfiles de Carnaval. Em 2015, lançou a autobiografia "Morri para viver - Meu Submundo de Fama, Drogas e Prostituição", que vendeu 400 mil exemplares logo no primeiro mês nas livrarias. Sem vergonha alguma de seu passado, nas memórias Andressa relata que foi uma das prostitutas de luxo mais famosas e caras do país. Sob o nome de guerra Ímola, ela afirma que atendia de cantores renomados até empresários milionários e jogadores de futebol. Ao relatar o que costumava fazer na cama, Andressa admite que curtiu várias experiências sadomasoquistas e que cobrava mais caro para praticar sexo anal sem lubrificante. E, sim, sentia prazer nas transas.
Kim Kardashian
Embora tenha nascido numa família de posses - o renomado e já falecido advogado Robert Kardashian, famoso por atuar no caso de O. J. Simpson, é seu pai - a socialite só ganhou os holofotes e despertou a atenção do público depois que um vídeo de sexo caseiro foi vazado. Nas imagens, gravadas em 2003 e divulgadas em 2007, Kim aparece transando com o rapper Ray J, seu namorado de então. A Vivid Entertainment, produtora norte-americana de filmes pornográficos, comprou os direitos de reprodução por 1 milhão de dólares e lançou "Kim Kardashian: Superstar", que a alçou ao "estrelato". Kim processou a Vivid pela posse da fita e fez com um acordo de 5 milhões de dólares com a empresa. Na época, a morena trabalhava como estilista e era conhecida por ser a melhor amiga de Paris Hilton. A gravação íntima, embora propagada sem seu consentimento, a alçou ao estrelato e pavimentou a construção de um império - aliás, para toda as mulheres de sua família.
Paris Hilton
Bisneta de Conrad Hilton, fundador da rede Hilton Hotels, a socialite foi a musa inspiradora de uma legião de garotas norte-americanas no início dos anos 2000. Em 2001, ela ostentava o título de "it girl de New York" por conta do estilo de vida regado a festas e looks fantásticos. Dois anos depois, pouco antes da estreia do reality show "The Simple Life", no qual ela surgia ao lado da amiga Nicole Richie, uma fita de sexo com seu então namorado Rick Salomon foi tornada pública e sensação, garantindo à loira reconhecimento internacional - e mais moedinhas no já robusto cofrinho. Depois de fazer alguns trabalhos como cantora e atriz, Paris atua hoje como DJ. No fim de abril, durante o Festival de Cinema de Tribeca (EUA), estreou o documentário "The American Meme", de Bert Marcus, que apresenta uma entrevista de Paris sobre o episódio da sex tape. Hoje, ela diz que o episódio "foi como ser estuprada".
Cameron Diaz
Antes se tornar uma das atrizes mais famosas de Hollywood, Cameron Diaz topou fazer seu début diante das câmeras ao participar de um curta-metragem pornô aos 19 anos. A produção, que tem uma pegada sadomasoquista light, traz a loira em trajes de vinil e chicotinho de couro na mão. A produção serviu de isca para que executivos do cinema prestassem atenção em seu rosto exótico e na desenvoltura frente às câmeras. Dois anos depois, Cameron foi escolhida para interpretar a mocinha da comédia "O Máskara" (1994) ao lado de Jim Carrey e sua carreira deslanchou.
Gretchen
Entre os anos 1970 e 1980, a eterna Rainha do Bumbum vendeu milhões de discos no Brasil. Hoje, divide o palco com popstars do quilate de Katy Perry e protagoniza o reality show "Os Gretchens", no Multishow. Nesse meio tempo, porém, a cantora decidiu turbinar a conta bancária estrelando o pornô "La Conga Sex", onde atuou o tempo todo com Gutto Guitar, seu marido na época. Pelo contrato com a produtora Brasileirinhas, ela fez mais dois filmes e abocanhou R$ 1,5 milhão de reais. Gretchen já declarou que se arrependeu de ter feito essas produções, mas afirmou que o valor recebido a ajudou a se reerguer profissional e financeiramente.
Rita Cadillac
Antes de ser conhecida nacionalmente como a chacrete mais emblemática dos programas do finado Chacrinha, Rita Cadillac se prostituiu na adolescência para sobreviver e alimentar o filho pequeno. Ela se casou pela primeira vez com 15 anos de idade, com um homem dez anos mais velho que a estuprou. No documentário "Rita Cadillac - A Lady do Povo" (2009), ela afirma que depois que se tornou dançarina deixou de sair com homens por dinheiro, apesar da fartura de propostas. Aos 50 anos, em 2004, estrelou seu primeiro filme pornô, "Sedução". Durante vários anos, a cantora do hit "É Bom para o Moral" fez shows em locais onde poucas mulheres teriam coragem de sequer passar perto: os presídios. Ela distribuía bumbuns de chocolate para os detentos e, pelo carinho com que os tratava, ficou conhecida como "Musa do Carandiru". Nos anos 1980, quando estreou como cantora, os produtores tentaram forçar sua fama como "inimiga de Gretchen". As duas não se dobraram à pressão e seguem amigas.
Deborah Secco
A artista é do tipo que não foge das polêmicas e sempre falou de modo aberto e sincero sobre sua vida amorosa em entrevistas. Não à toa, foi escolhida para interpretar uma personagem pra lá de polêmica no cinema, a Bruna Surfistinha do filme homônimo de 2011. Ao encarnar a história real de uma jovem de classe média que decide se prostituir, Deborah se despiu - literalmente - de preconceitos e topou um papel que poucas atrizes teriam coragem de fazer, pelo tema pesado e marcante. Deu certo: a produção não só agradou o público e a crítica, como Deborah saiu mais fortalecida e madura da experiência.
Catherine Zeta-Jones
Ao contrário de muitas celebridades de Hollywood, que quando alcançam a fama fazem de tudo para esconder certos fatos discutíveis do passado, a atriz nascida no Reino Unido jamais ocultou de ninguém que quando era novinha tirava a roupa no palco para ganhar dinheiro. A morena trabalhou por um tempo como dançarina exótica, mostrando o belo corpo com o objetivo de juntar o suficiente para fazer uma rinoplastia. Depois que conseguiu o valor necessário, abandonou a barra de pole dance e partiu para alçar vôos mais altos.
Carolina Dieckmann
Em 2012, fotos íntimas da atriz foram roubadas por hackers, que exigiram dinheiro para divulgá-las. A atriz não cedeu e as imagens foram publicadas na internet. O processo ainda está na justiça, mas a coragem e a visibilidade de Carolina fizeram com que fosse criada uma lei - conhecida como Lei Carolina Dieckmann - contra a invasão de computadores. Em vigor desde 2013, a lei ainda é alvo de críticas por juristas por conta de certas lacunas e informações ambíguas. E, apesar de a própria artista não ter conseguido se beneficiar dela, Carol já disse em entrevistas que sente orgulho da decisão que tomou, pois acabou beneficiando várias outras mulheres.
Fernanda Lima
Dona de uma carreira de sucesso como apresentadora, em 2014 recusou a proposta de apresentar o "Vídeo Show" na Rede Globo - programa que é uma espécie de "queridinho" da emissora e que sempre conta com muitos candidatos na fila para sua bancada. Fernanda preferiu seguir no comando de "Amor & Sexo", cuja nova temporada está prevista para estrear em outubro desse ano. Com um formato inédito na TV brasileira, "Amor & Sexo" costuma causar - tanto no sentido positivo como no negativo - por falar de temas polêmicos e tabus da sociedade brasileira, como feminismo, identidade de gênero, pornografia, nudez, imposição de padrões de beleza e por aí vai.
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