Ex-assistente de Harvey Weinstein tentou "parar abusos" há duas décadas
“Presa em uma espiral de medo”. Foi assim que a ex-assistente de Harvey Weinstein descreveu sua tentativa de parar os assédios e abusos promovidos pelo produtor de Hollywood há duas décadas.
Em entrevista à Associated Press, Zelda Perkins afirma ter assinado um acordo de silêncio após deixar o cargo em 1998, após uma colega ter acusado Weinstein de tentativa de estupro.
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Nele, a contrapartida era que o produtor fizesse terapia por três anos e, caso contrário, ele fosse demitido.
Segundo Zelda, a intenção era “proteger pessoas no futuro”, mas que foi confrontada pelo próprio ex-chefe durante o Festival de Cannes, que disse que “tudo o que ela havia feito havia sido em vão”.
“Empregador desafiador”
Funcionária da Miramax – estúdio de Weinstein – aos 22, Zelda diz que todos sabiam das atitudes do produtor em relação a mulheres, além de ter um temperamento complicado e hábitos bizarros – como andar pelo escritório de cueca e até mesmo nu.
Após a denúncia de uma colega durante o Festival de Veneza, houve a tentativa de processá-lo na Inglaterra, mas advogados declararam que não seria possível, uma vez que o crime ocorreu na Itália e um acordo foi feito.
“Só agora percebo o que ele roubou de mim: minha crença e confiança em mim e na sociedade”, disse. Ela declara, no entanto, que movimentos como #MeToo e Time’s Up fizeram com que ela recuperasse a esperança de ver Harvey punido por suas ações passadas e controlado contra futuros abusos.
Relembre
O produtor foi acusado de assédio, agressão sexual ou estupro por mais de uma centena de mulheres desde o início do escândalo, em outubro passado.
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