Americana cria projeto fotográfico que retrata a dor de perder um filho
A fotógrafa americana Sue Butterworth transformou a dor de dar à luz um bebê que nasceu morto, em março de 2017, em um projeto fotográfico dedicado a canalizar a dor. Assim nasceu o Empty Photo Project.
No site do projeto, que também está no Instagram (@emptyphotoproject), ela explica sua motivação. "Espero criar um diálogo, abordar de frente a perda de uma criança, dar rosto a ela e mostrar à comunidade que as pessoas que perderam seus filhos estão por toda parte, muitas vezes, ao nosso lado sem que saibamos. É real. Não vamos fugir de falar disso".
Nas imagens, mães (e, até agora, um pai) seguram um espelho — que depois é alterado digitalmente no Photoshop para refletir o estado emocional descrito pelos retratados em seus depoimentos sobre o que significa, para cada um, este "vazio" que o filho deixou em suas vidas.
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Chantelle
Amelia, a filha de Chantelle, morreu com 6 meses de vida, por causa de dificuldades respiratórias. "Em alguns dias, a inveja e a amargura sobre o quão injusta é nossa situação está me tornando em uma pessoa que eu nem reconheço".
Emily
Ela perdeu o bebê ainda no meio da gestação. "Um aborto espontâneo é cada esperança e sonho que você teve para o seu filho sendo destruído em algumas palavras".
Katrina
Ela conta o processo difícil em que tomou a decisão de colocar seu bebê para a adoção aberta, mantendo contato com a família dele. "Eu posso ter voltado para casa de mãos vazias, mas meu coração nunca esteve tão cheio".
Michelle
Maddox, o bebê de Michelle, nasceu prematuro e não resistiu às complicações da gestação. Ele foi a terceira perda da mãe, que já passou por duas cirurgias para corrigir uma alteração uterina que acaba resultando em dificuldades para manter os bebês saudáveis. "Ele viveu por onze dias, mas viverá para sempre em mim, trazendo propósito para o que eu faço para sempre".
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