Criança ocupada demais sofre como se fosse submetida a trabalho infantil
Tensão, ansiedade e a necessidade de ter êxito na vida pessoal e profissional faz com que 35,9% dos adolescentes e 37,1% dos jovens adultos apresentem altos níveis de estresse. O resultado, obtido no 5º Estudo Saúde Ativa, apresentado na quarta-feira (11) e encomendado pela SulAmérica, vai de encontro com os dados da Associação Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês) que também destaca a geração Y (nascidos a partir de 1980) como a mais estressada e ansiosa.
Para Rosely Sayão, psicóloga e colunista da "Folha de S. Paulo", o estresse e a ansiedade desses jovens são resultado de uma infância muito "atarefada". "Eles são frutos de uma geração em que os responsáveis quiseram se tornar superpais, matriculando a criança em diversos cursos extracurriculares. Isso fez com que perdessem a infância. Não há diferença alguma entre a criança muito pobre que é obrigada a trabalhar com sete anos da rica matriculada em um monte de cursos, nessa mesma idade", afirma Rosely.
De acordo com Gentil Alves, médico pós-graduado em terapia intensiva pediátrica, o estresse é um fenômeno comum e consiste na resposta do organismo quando precisa se adaptar a uma situação de pressão. "O estresse pode ser positivo, pois o corpo libera uma série de hormônios para se adequar a aquele momento, mas ele precisa ser transitório. Quando permanece por tempo prolongado no organismo, é que começam a surgir doenças", diz Alves.
Para o médico, grande parte dos jovens fica estressada por ter de lidar com muitas situações ao mesmo tempo --atividades escolares, provas, trabalho e cursos extracurriculares. Já Rosely, não credita a ansiedade às tarefas diárias, mas, sim, a necessidade de ser bem-sucedido. "É a expectativa de ter sucesso que faz com que a geração Y seja estressada", afirma a psicóloga.
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