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Lucro milionário de Charles e William com serviços públicos é revelado

Uma investigação revelou que o príncipe William e o rei Charles estão lucrando milhões de dólares com contratos com instituições de caridade e serviços públicos.

O que aconteceu

O The Sunday Times e o programa "Dispatches", do Chanel 4 no Reino Unido, fizeram uma investigação conjunta sobre a receita obtida nos Ducados de Lancaster e Cornwall, propriedades de Charles e William, respectivamente. De acordo com o jornal, a apuração de cinco meses revelou que as propriedades lucram milhões "cobrando de departamentos governamentais, conselhos, empresas, empresas de mineração e do público em geral uma série de alugueis comerciais e impostos feudais."

A investigação mostrou que a realeza cobra pelo uso das terras que são de sua propriedade, criando inúmeros impostos que variam entre pedágios para cruzar o rios, operar escolas e instituições de caridade e até mesmo para cavar uma sepultura. Para funcionar, igrejas, salões, pubs, gasodutos, estacionamentos e muitos outros serviços precisam pagar taxas para a realeza. Esses contratos cobram também do exército, marinha, do Serviço Nacional de Saúde, do serviço prisional e de escolas públicas.

Segundo os "Duchy Files", ou "Arquivos do Ducado" - como foi apelidada a investigação -, os contratos são problemáticos visto que a realeza tem um acordo com o Tesouro inglês que os isenta de pagar impostos sobre seus lucros corporativos. Esse arrendamento de terras geraram ganhos cerca de US$ 65 milhões (cerca de R$ 376,5 milhões), sendo que o Ducado de Lancaster, de posse do rei, gerou US$ 35 milhões, e o da Cornualha, propriedade do príncipe, US$ 30 milhões.

Para a revista People, os porta-vozes dos Ducados reafirmaram serem propriedades privadas. Conforme a FAQ do Ducado de Cornualha, o príncipe usa seus lucros para pagar suas atividades públicas, privadas e de caridade.

Já a Lei das Terras da Coroa de 1702 estipula que o rei receba apenas renda e não capital do Ducado, ou seja, os pagamentos sejam feitos de forma periódica e não dependam das atividades realizadas nas terras. Para a revista People, o porta-voz da propriedade do monarca reafirmou que as atividades estão de acordo com legislação do Reino Unido e declarou: "Lancaster é autofinanciado e não recebe nenhum fundo público em conexão com suas atividades".

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