Caixão de Zé Celso é fechado sob aplausos e gritos no Teatro Oficina
O caixão de Zé Celso foi fechado sob aplausos e gritos na manhã desta sexta-feira, 7, em São Paulo. O corpo do dramaturgo, que morreu na quinta-feira, 6, é velado no Teatro Oficina.
"O carro iria entrar [para levar o corpo], mas achamos melhor levarmos. Esse é o último carinho, é a última vez que a gente pode ver ele. Nós vamos fazer um ritual pra fechar o caixão e levar o corpo", disse Marcelo Drummond, viúvo de Zé Celso.
Familiares e amigos, incluindo o deputado estadual Eduardo Suplicy, carregaram o caixão até o carro sob despedidas de fãs e admiradores do dramaturgo. O local foi fechado para o público às 10h da manhã.
Mais cedo, uma bandeira da escola de samba Vai-Vai foi colocada sobre o caixão. O diretor era um entusiasta da agremiação. "Estava por perto, de um jeito ou de outro. Chegou a desfilar com a gente e chamou a nossa bateria para animar seu casamento, recentemente. Fica aqui nossa reverência, nossa homenagem e nosso profundo pesar. A cultura perde. A arte perde. O Brasil perde", escreveu a escola, em nota oficial.
O corpo do artista será cremado em Itapecerica da Serra. A cremação era um desejo de Zé Celso Martinez.
Em conversa com Splash na tarde de quinta-feira (6), Suplicy contou que esteve no IML para providenciar a autorização da cremação. No entanto, a equipe de Zé Celso explicou que o impasse ocorreu porque a juíza responsável pelo caso encerrou o expediente antes de conceder a liberação.
O que aconteceu:
Zé Celso morreu aos 86 anos, na quinta-feira (6). O dramaturgo estava internado no Hospital das Clínicas, na capital paulista, após ter 53% do corpo queimado em um incêndio em seu apartamento.
Após ser encaminhado para a UTI do hospital, Zé Celso foi sedado, entubado e, posteriormente, submetido à hemodiálise.
A principal suspeita é que o incêndio tenha ocorrido por um aquecedor elétrico na madrugada de 4 de julho.
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