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Justiça rejeita ação de mulher que diz que Faro a confundiu com travesti

Rodrigo Faro precisa mudar em seu programa na Record TV Imagem: Divulgação/Record

Colaboração para Splash

07/05/2023 04h00

Mikaela Fernandes, que fazia participações em programas da Record como animadora de palco, perdeu processo que movia contra Rodrigo Faro e a emissora de Edir Macedo. Ela pedia indenização de R$ 100 mil por dizer ter sofrido humilhações após o apresentador perguntar, em 2019, se ela era travesti. Cabe recurso da decisão.

Procurada por Splash, a Record não se manifestou até a publicação deste texto. À Justiça, a emissora nega as acusações feitas por Mikaela. A defesa da acusadora afirma à reportagem que vai recorrer.

"Vamos recorrer no processo, pois tem elementos suficientes para a condenação da Rede Record e, consequentemente, do Rodrigo Faro", disse o advogado João Carlos Leme da Costa.

O que aconteceu:

Juiz Fernando Ladeira rejeitou pedido e condenou Mikaela a pagar 10% da causa em honorários. Para o magistrado, Mikaela não comprovou as ofensas e agressões que ela disse ter sofrido com os documentos anexados ao processo.

Mikaela pediu indenização alegando ter sofrido chacotas após a pergunta de Faro. Ela afirma que passou a sofrer discriminações em seu cotidiano após o apresentador fazer o questionamento nos bastidores do programa, com piadas preconceituosas e insinuações sobre sua identidade de gênero.

Record e Faro negam que o apresentador tenha feito o questionamento e alegam que ela não conseguiu precisar quando a pergunta do apresentador aconteceu, tampouco conseguiu testemunhas que corroborassem seu relato. A emissora levou duas pessoas para prestarem depoimento em sua defesa.

A profissional alega que, em um outro dia após a pergunta, foi barrada na entrada da Record, sendo "jogada na rua" e tendo o celular quebrado. Mikaela disse à Justiça que precisou ficar internada após o ocorrido.

Mikaela diz ainda à Justiça que a experiência a fez desenvolver uma depressão profunda e que necessita de medicamentos de uso contínuo em razão do que disse ter acontecido.

A Record afirma que ela tentou entrar na emissora usando o documento de uma outra pessoa e por isso foi barrada. A emissora ainda argumenta que ela passou mal de saúde e foi socorrida por bombeiros acionados por um segurança do canal.

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