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Mulher diz que foi confundida com travesti e acusa Record de agressão

Diego Garcia

Colaboração para Splash

16/05/2022 04h00

Uma mulher foi à Justiça contra a TV Record e o apresentador Rodrigo Faro dizendo ter passado por humilhações e agressões no período em que trabalhou no canal em 2019.

A autora, que terá seu nome preservado, participava de programas de auditório, mas passou por constrangimento após Faro, segundo ela, perguntar se ela era travesti.

A partir daí, ela diz ter sofrido constantes chacotas, culminando com episódio de agressões por parte de seguranças da emissora.

Ela diz que, após a pergunta de Faro, as pessoas passaram a questionar seu gênero. Até que, um dia, foi barrada na portaria da Record, sendo expulsa do local.

De acordo com o que disse a mulher à Justiça, além de ser barrada, as pessoas começaram a gritar para ela levantar o vestido e "provar" qual era seu sexo biológico — o aspecto físico do ser humano, que está diretamente relacionado à presença de um pênis ou uma vagina —, sendo chamada de travesti.

Em seguida, ainda conforme as alegações da vítima, ela ficou "completamente atordoada, de modo que caiu no solo, sentindo-se agredida pelos seguranças do local. Depois disso, desmaiou e acordou no hospital, com várias lesões corporais".

Ela anexou um laudo e o boletim de ocorrência no processo, e afirma ter sido incentivada por um médico a denunciar o episódio, pois o mesmo sabia de outros casos parecidos que ocorreram na emissora.

Por fim, ainda aponta que foi "jogada na rua e quebraram seu celular", sendo acompanhada por alguém ligado à Record ao hospital. Ela ficou internada e alegou ter sido orientada a voltar aos estúdios, "para que não houvesse nenhum tipo de escândalo para a emissora".

A mulher diz que voltou ao estúdio e novamente foi vítima de humilhações e chacotas, com piadinhas a respeito do seu gênero. Após o incidente, teve depressão profunda, raspou o cabelo, tentou suicídio e sofre com mutilações, fazendo uso de medicamentos contínuos, segundo ela.

Na ação, ela pede o pagamento de danos morais de R$ 100 mil.

Splash tentou contato com a Record via assessoria de imprensa, mas não obteve resposta. A matéria será atualizada caso a emissora queira se manifestar.