Por que Oscar 2023 regrediu ao não indicar uma mulher como melhor diretora?
Há dois anos, a Academia do Oscar tem premiado cineastas mulheres na categoria de Melhor Direção. Em 2021, Chloé Zhao levou a estatueta para casa por "Nomadland" e, em 2022, foi a vez de Jane Campion ser a grande vencedora por "Ataque dos Cães".
No entanto, ao anunciar os indicados deste ano, o Oscar 2023 decepcionou.
Os concorrentes em Melhor Direção são seis homens:
- Martin McDonagh ("Os Banshees de Inisherin")
- Daniel Kwan e Daniel Scheinert ("Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo")
- Steven Spielberg ("Os Fabelmans")
- Todd Field ("Tár")
- Ruben Östlund ("Triângulo da Tristeza")
Entre as possibilidades de indicação, poderiam ser consideradas:
- Sarah Polley ("Entre Mulheres")
- Gina Prince-Bythewood ("Mulher Rei")
- Maria Schrader ("Ela Disse")
- Charlotte Wells ("Aftersun")
:Chama atenção que nenhum dos nomes acima aparece na categoria de Melhor Direção, principalmente Sarah Polley e Charlotte Wells, uma vez que "Entre Mulheres" e "Aftersun" estão concorrendo em outras categorias, Melhor Filme e Melhor Ator, consecutivamente.
Na história do Oscar, apenas oito mulheres foram indicadas para direção, sendo apenas três vencedoras. Além de Zhao e Campion, Kathryn Bigelow ganhou em 2009 por "Guerra ao Terror".
As outras mulheres da lista incluem Lina Wertmüller por "Pasqualino Sete Belezas" (1976), Campion por "O Piano" (1993), Sofia Coppola por "Encontros e Desencontros" (2003), Greta Gerwig por "Lady Bird - A Hora de Voar" (2017) e Emerald Fennell por "Bela Vingança" (2020).
Depois de um avanço tão importante com a representação feminina no maior prêmio mundial do cinema, o Oscar 2023 regride e volta ao que era no passado: uma premiação com poucas oportunidades para além do homem branco já consagrado.
O Oscar 2023 acontece no próximo dia 12 de março.
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