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Roberto Sadovski

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

"Veja Por Mim" é uma variação decente do thriller de invasão doméstica

Skyler Davenport em "Veja Por Mim" - Paris
Skyler Davenport em 'Veja Por Mim' Imagem: Paris

Colunista do UOL

23/06/2022 04h00

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"Veja Por Mim" é um conceito esperto em forma de filme. Um exercício em suspense que parte de uma premissa original e bem amarrada. Funciona, mesmo que sua estrutura seja emprestada de dúzias de outros thrillers.

O ponto de partida é uma ex esquiadora cega que, ganhando um troco como babá de um gato em uma mansão vazia, é obrigada a enfrentar três bandidos que invadem o local para arrebentar um cofre e garfar alguns milhões de dólares.

A pegadinha é que a moça, Sophie (Skyler Davenport, atriz canadense que é de fato cega), usa um app no celular que a conecta com voluntários que a ajudam a "enxergar", descrevendo tudo transmitido pelo telefone. Do outro lado da linha está Kelly (Jessica Parker Kennedy), que por conveniência é veterana do exército e viciada em jogos em primeira pessoa online.

O diretor Randall Okita é esperto ao transformar a ação em uma espécie de "Counter Strike" de baixo orçamento e com gente de verdade. É preciso suspender o descrédito quando Sophie, sem enxergar e em uma casa desconhecida, enfrenta os bandidos sem muita dificuldade. Mas até aí o cinema de ação já mostrou absurdos bem maiores.

A trama familiar - há pitadas de "Quarto do Pânico" e, bom, de qualquer outro filme de invasão domiciliar que você já tenha conferido - é compensada pela metragem curta e pelo talento dos envolvidos. Nem o clímax bobalhão, que traz em Kim Coates ("Prison Break", "Resident Evil: Recomeço") o único nome minimamente reconhecível da trupe, atrapalha a diversão. Veja (!) sem medo.