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"Sonic 2": Jim Carrey se despede do cinema em clima de festa infantil
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Em 2020, "Sonic - O Filme" deu a letra para acertar na adaptação de video games para o cinema: na dúvida, mire nas crianças.
Trilhando o caminho aberto por "Detetive Pikachu" no ano anterior, o filme com o ouriço azul e pés ligeiros ganhou pontos ao colocar Jim Carrey na mistura. Contar com um astro, mesmo em doses moderadas, não atrapalha.
"Sonic 2" não mexe no time vencedor. O diretor Jeff Fowler, graduado no comando dos longas depois de uma carreira na animação e em efeitos visuais, pesca o necessário dos jogos do herói para alimentar uma história acelerada e colorida.
Isolado em um mundo alienígena ao final da primeira aventura, o vilão Ivo Robotnik (Jim Carrey), agora com o visual mais próximo dos games, volta à Terra em busca de vingança.
A trama não poderia ser mais derivativa. Sonic precisa encontrar um artefato cósmico de poder ilimitado (que parecem as joias do infinito dos filmes da Marvel) antes que ele caia em mãos erradas.
Os novos personagens, mais uma vez minados dos games, são a raposa voadora Tails e outro velocista, o guerreiro Knuckles, manipulado por Robotnik para enfrentar Sonic.
A simplicidade aqui é a alma do negócio. Ao contrário dos jogos modernos, como "Uncharted" ou "Assassin's Creed", "Sonic" não tem nenhuma mitologia limitadora. É um boneco correndo em um cenário bidimensional, enfrentando chefes ao final de cada fase. Diversão pura!
Esse é o alvo de "Sonic 2": divertir a gurizada. Como nome de maior peso no projeto, Jim Carrey entendeu a tarefa e devora o cenário como Robotnik. O astro diz que este será seu último filme. Se for o caso, escolheu uma despedida leve e festiva. Ele cria um vilão bobão e caricato, perfeito para as crianças torcerem contra.
Nada melhor, afinal, do que um filme que entende seu público. Não existe nada de muito sofisticado em "Sonic 2". O próprio design do herói e de seus novos companheiros é uma tradução fiel e pouco expressiva de sua versão original.
O que é perfeito. Não há nada profundo a ser explorado em uma propriedade intelectual como "Sonic". Os temas que os dois filmes abraçam - é ok ser diferente, o valor da amizade - tem a medida para costurar a trama com o mínimo de reflexão para os pequenos.
E só. "Sonic 2" podia ter uns 20 minutinhos a menos para ser menos cansativo para os pequenos. Mas como uma sessão de cinema com a criançada torcendo e curtindo, é um programa perfeito.
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