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Repórter "flutua" a 150 metros de altura no prédio mais alto de São Paulo

Localizado no prédio mais alto de São Paulo, até então, Sampa Sky oferece vistas panorâmicas de toda a capital paulistana por meio de decks de vidro instalados - Marcelo Justo/UOL
Localizado no prédio mais alto de São Paulo, até então, Sampa Sky oferece vistas panorâmicas de toda a capital paulistana por meio de decks de vidro instalados
Imagem: Marcelo Justo/UOL

Gustavo Frank

De Nossa

07/08/2021 04h00

A capital paulistana ganha uma nova atração turística para quem deseja conhecer a cidade do alto — e não tem medo de altura. No 42º andar do edifício Mirante do Vale, o arranha-céu mais alto de São Paulo, localizado na região central da cidade, o Sampa Sky propõe aos visitantes que experimentem a sensação de "flutuar" em decks de vidro, instalados a 150 metros de altura do chão.

Com a inauguração marcada para este domingo (8), a iniciativa turística é uma promessa, sobretudo, instagramável. Antes mesmo de abrir as portas, quase 180 mil seguidores já somam os números de seguidores da página oficial da atração no Instagram.

Para saber como tudo vai funcionar, Nossa foi até lá para conhecer de perto a experimentação.

Decks de vidro do Sampa Sky foram instalados, criando uma estrutura adjacente de 1,5 metro do prédio - Marcelo Justo/UOL - Marcelo Justo/UOL
Decks de vidro do Sampa Sky foram instalados, criando uma estrutura adjacente de 1,5 metro do prédio
Imagem: Marcelo Justo/UOL

Os decks de vidro avançam 1,5 metro para fora do prédio e criam duas redomas que fazem com que você pise no "vazio", que na verdade são pisos de material transparente.

Quando se olha para os pés — ou aponta a câmera do celular para o chão —, é como se pisasse em cima de grandes monumentos do Centro de São Paulo, como o histórico Viaduto do Chá, no Vale do Anhangabaú.

Nas laterais, outros prédios, que servem como cartão postal da cidade, compõem o cenário do horizonte amplo. Quem olha para um dos lados, dá de cara com o Edifício Martinelli, o primeiro arranha-céu de São Paulo, aberto em 1929, com sua estrutura arquitetônica fascinante.

Ao lado dele, está o Edifício Altino Arantes, conhecido popularmente como Farol Santander ou Banespão, que à noite é iluminado pela cor vermelha e amarela.

Na direção contrária, ergue-se aos olhos o Copan, um dos grandes projetos para São Paulo apresentados por Oscar Niemeyer e inaugurado em 1966, localizado na poética Avenida Ipiranga.

O Mosteiro de São Bento e o Viaduto Santa Ifigênia também complementam a vista. A lista não tem fim.

"Daqui do Centro de São Paulo, você consegue ter uma noção do que é São Paulo, de fato", diz um dos fundadores, Alessandro Martineli, em entrevista para Nossa. "Aqui se tem os principais pontos turísticos. Começa-se a entender um pouco melhor como a cidade é diferente do chão, onde não conseguimos ver o cinturão de montanhas que a cercam".

É uma experiência da cidade de São Paulo diferente de que estamos acostumados".

Alessandro Martinelli, sócio-fundador do Sampa Sky - Marcelo Justo/UOL - Marcelo Justo/UOL
Alessandro Martinelli, sócio-fundador do Sampa Sky
Imagem: Marcelo Justo/UOL

Alessandro Martinelli é quem está à frente do Sampa Sky, que conta ainda com dois sócios, um chef de cozinha e um advogado. O empresário reforça que, mesmo com todo entusiasmo acerca da inauguração, medidas de segurança estão sendo tomadas para o contexto da pandemia do coronavírus.

"O Sampa Sky chega em um momento perfeito", opina. "Tudo começa a reabrir, embora ainda exista um processo de pandemia, como a gente sabe, então teremos todos os cuidados. Mas a população está ansiosa para visitar os lugares. Não é uma retomada de 'vida normal', mas 'mais normal'".

Inicialmente, o Sampa Sky terá abertura inicial reduzida em 60% da capacidade máxima, que é de 400 pessoas. Quem quiser conhecer a atração (Praça Pedro Lessa, 110) terá que pagar R$ 30, preço estabelecido para os dois primeiros meses. Depois disso, o valor deve ser R$ 60 (inteira), por pessoa. O tempo de desfrute dos decks de vidro, que dão magia ao local, é de 2 minutos por grupo de pessoas.

É melhor pensar nas poses das fotos e nos ângulos desejados enquanto espera nas duas filas, formadas ao lado das estruturas "invisíveis".

Pedro Burgarelli que o diga. O ator e influenciador de 11 anos, que acumula 880 mil seguidores no Instagram, era um dos visitantes presentes junto a Nossa.

"Fiz umas fotos bem legais aqui, na cápsula e no balanço", conta ele, referindo aos decks de vidro e uma área de confraternização com serviço de café no local. "Quando fui entrar na cápsula fiquei um pouco com medo, mas depois me soltei. Não tenho medo de altura, mas eu tive medo".

O influenciador Pedro Burgarelli, de 11 anos, durante visita ao Sampa Sky - Marcelo Justo/UOL - Marcelo Justo/UOL
O influenciador Pedro Burgarelli, de 11 anos, durante visita ao Sampa Sky
Imagem: Marcelo Justo/UOL

Referências e novos horizontes

Visitantes do Sampa Sky tirando fotos em um dos decks de vidro disponibilizados - Marcelo Justo/UOL - Marcelo Justo/UOL
Visitantes do Sampa Sky tirando fotos em um dos decks de vidro disponibilizados
Imagem: Marcelo Justo/UOL

A idealização do mirante Sampa Sky conta com inspiração no Skydeck de Chicago, nos Estados Unidos. Este, por sua vez, fica no 103º andar do edifício Willis Tower, a 412 metros de altura. A versão norte-americana conta ainda com diversas experiências interativas com o público, que os leva a conhecer mais a cidade em que está localizado.

Essa pode ser uma alternativa para que a atração paulistana também dê passos mais largos nos anos posteriores a inauguração.

O fato de estar situado no "prédio mais alto de São Paulo" ficará para trás nos próximos meses. Isso porque o edifício Mirante do Vale deve ocupar o segundo lugar com a construção do Platina 220, prédio que terá 172 metros e será erguido no bairro do Tatuapé, na Zona Leste. A expectativa para a conclusão é em 2022.

Apesar disso, o Sampa Sky terá a magia e arquitetura do centro histórico de São Paulo. Isso ninguém pode tirar dele.