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Como transportar cães e gatos com segurança e mais conforto para os pets

De uma ida ao veterinário a uma viagem: como transportar seu pet em segurança - Getty Images/iStockphoto
De uma ida ao veterinário a uma viagem: como transportar seu pet em segurança
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Juliana Finardi

Colaboração com Nossa

30/03/2021 04h00

Você é daqueles que já começam a sofrer com uma semana de antecedência quando sabem que terão de transportar seus pets para algum lugar? Muita calma nessa hora.

Existem regrinhas básicas e dicas de especialistas que podem garantir a segurança do seu melhor amigo e a sua consciência tranquila tanto em simples idas ao veterinário quanto em viagens mais longas de carro.

Antes da primeira viagem, Roberta Gomes Carneiro, professora da Faculdade Anhanguera, recomenda levar os cães a locais agradáveis como parques e espaços em que eles possam movimentar-se livremente.

"Dessa forma, o animal vai entender que os passeios de carro são ligados a momentos prazerosos", indica.

Animal deve se adaptar aos poucos à caixa de transporte - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Animal deve se adaptar aos poucos à caixa de transporte
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Nathalia Saraiva dos Anjos, coordenadora do Centro Veterinário Seres, da Petz, afirma que uma rotina com a famosa caixinha pode ajudar.

Com gato principalmente precisamos ter mais cuidado. O ideal é tornar a caixa de transporte 'amiga dele', usar sempre, mesmo que em casa e não somente para ir ao veterinário", recomenda.

Outra dica de Nathalia é vedar a caixa com um lençol, toalha ou algo que ele não possa sentir cheiros, nem sentir movimentos.

Antes de cair na estrada

Para viajar com seu pet, além de verificar a caixa de transporte mais adequada para tamanho, peso e porte do animal, é recomendado levar o pet ao veterinário para ver se está tudo certo.

Antes de viajar, certifique-se que vai tudo bem com seu pet - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Antes de viajar, certifique-se que vai tudo bem com seu pet
Imagem: Getty Images/iStockphoto

"Faça um check-up e solicite, se necessário, um certificado atestando boas condições de saúde. Eles são úteis e às vezes até indispensáveis dependendo da forma que irá viajar e para onde", diz a coordenadora.

Ela também recomenda uma placa de identificação colocada junto à coleira com contatos do tutor. "Não se deve esquecer de sempre ter disponíveis potes de água e comida para o pet e é sempre bom deixar algum brinquedo que ele goste por perto."

De avião

As regras para o transporte aéreo de animais, de acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), são definidas por cada empresa que adota um regime de contratação e procedimento de despacho próprios.

No avião, cada companhia tem suas regras para transporte de animais - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
No avião, cada companhia tem suas regras para transporte de animais
Imagem: Getty Images/iStockphoto

A LATAM, por exemplo, exige um atestado médico veterinário além de comprovante de vacina para voos nacionais e um certificado zoossanitário para os destinos internacionais. Em ambos os casos, são verificadas condições de saúde por meio de acompanhamento médico veterinário periódico, provas de vacinação e exames laboratoriais.

Algumas companhias apenas permitem o transporte na área de carga do avião e os procedimentos de acomodação e segurança devem ser consultados pelo tutor.

"É comum as empresas não aceitarem transportar animais sedados, pelo risco de óbito. Animais muito agitados podem passar por treinamento específico para estas ocasiões ou podem passar por avaliação com um veterinário que recomendará, se necessário, medicação apropriada", explica Roberta.

De ônibus

Nos transportes terrestres, o tutor também precisa informar-se previamente com a empresa sobre as regras de transporte de animais já que o regulamento pode mudar de uma para outra. A cobrança de uma taxa ou passagem extra é comum a todas porque o pet vai acomodado na caixa no banco ao lado do tutor ou no chão, em frente ao banco.

Normalmente são solicitados carteira de vacinação e atestado de saúde do bichinho.

Também há regras para transporte de pets em ônibus e carros - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Também há regras para transporte de pets em ônibus e carros
Imagem: Getty Images/iStockphoto

De carro

Nas viagens de carro, as normas são ditadas pelo Código de Trânsito Brasileiro, que permite o transporte de animais apenas no banco traseiro. É proibido andar com o animal solto dentro do veículo, entre os braços, pernas ou à esquerda do motorista.

"O documento defende que isso pode desconcentrar o tutor e até mesmo causar um acidente, além de gerar multa de R$ 130,16 e quatro pontos na carteira caso o motorista seja flagrado pela fiscalização", diz Roberta.

Cadeirinha é solução?

Cão em cadeirinha de transporte - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Cão em cadeirinha de transporte
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Neste tipo de transporte, a veterinária indica, além da caixa, a coleira peitoral com engate para o cinto de segurança e a cadeirinha. Para os cães, a coleira peitoral tem o mesmo objetivo de evitar a locomoção e impactos.

"Também evita que, em caso de acidentes mais graves, sejam lançados para fora do veículo. A lógica é a mesma para o uso de cinto de segurança em nós, humanos. Já a cadeirinha é mais indicada para cães de pequeno porte. Ela fica presa ao cinto de segurança e, geralmente, os modelos são abertos na parte superior", recomenda.

Na cadeirinha, ainda de acordo com Roberta, há um engate para prender a coleira evitando que os animais saiam, mas permitindo que se movimentem durante a viagem e não sintam o confinamento causado pela caixa. Na hora de comprar, é preciso estar atento aos tamanhos e peso suportado.

Para os bichanos, caixinha ainda é o melhor meio de transporte - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Para os bichanos, caixinha ainda é o melhor meio de transporte
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Quanto aos gatos, a caixa é mesmo a mais segura entre as três opções porque evita que escapem e que sintam impactos externos. "Como são muito ágeis, acomodá-los abertamente nos veículos não é recomendado", explica a professora.

Nada de enjoo

Assim como os humanos, alguns animais sentem enjoo durante as viagens de carro. Com o movimento, os impactos também são sentidos e repercutem nos canais internos condutores da audição dos bichos, responsável pelo equilíbrio. Filhotes e idosos estão mais propensos.

Para amenizar o problema, os tutores devem evitar alimentar os animais antes e um pouco depois que a viagem terminar. E apenas medicamentos prescritos por veterinários podem ser ingeridos pelos pets — nada de usar compartilhar seu remedinho com o pet.

Se eu melhor amigo é um cãozinho... - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Se eu melhor amigo é um cãozinho...
Imagem: Getty Images/iStockphoto
...ou gatinho, a palavra é conforto - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
...ou gatinho, a palavra é conforto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Conforto é tudo

Qualquer que seja o tipo de viagem e de transporte, a dica de ouro das duas especialistas é transformar a experiência em algo confortável.

Para isso, pode-se levar brinquedos, cobertores, almofadas e até paninhos que tenham o cheiro dele e do tutor. A ideia é tentar fazer o pet sentir-se em casa.

"Usar hormônios sintéticos, disponíveis para cães e gatos no mercado, mais ou menos 30 minutos antes do transporte pode tornar o ambiente mais agradável e seguro na visão do pet. Para a viagem, também é interessante levar brinquedos que o animal goste, mas nada de agitá-lo durante o transporte", finaliza Roberta.