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| Torta de costela e outras receitas com 'tômpero' francês em SP | |  | Gabrielli Menezes |
| Se cada culinária do mundo agisse como uma influenciadora digital e cada restaurante fosse um perfil do Instagram, sem dúvidas a @francesa seria a Top 1 em estratégias de engajamento e em número de seguidores. A brincadeira é só para constatar o quanto o que nasceu nas cozinhas da França se enraizou por outros países e suas capitais, caso de São Paulo. O privilégio de colonizador funciona tipo um impulsionamento de rede social, mas é preciso reconhecer o quanto eles transformaram o olhar artístico e científico em relação à comida em registros. A tática chave foi a bibliografia — e a capacidade de disseminação de conhecimento. "Passando por mestres como Marie-Antoine Carême e Auguste Escoffier, com papéis fundamentais na padronização das técnicas e receitas da alta gastronomia nos século 19 e 20, até chegar ao movimento chamado Nouvelle Cuisine, na década de 1970, há uma consistência e seriedade que nunca se viu em nenhum outro lugar", explica Rosa Moraes, embaixadora de Turismo e Hospitalidade da Ânima Educação. Pela capital paulista, esses aprendizados se expressam não só nos restaurantes tradicionais franceses, mas em molhos, equipamentos, serviço e até na operação de praticamente todos os endereços modernos. Confira quatro ótimas receitas que não existiriam sem essa galera: |
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| Publicidade |  | |  | Laís Acsa | Clos | A torta é chamada de pithivier por replicar o formato dos muros da cidade medieval francesa usando massa folhada. Nas mãos da chef Elisa Fernandes, ganhou um toque brasileiro. Leia-se: recheio de costela, mandioquinha e couve manteiga e molho de ostra. Por R$94, pode ser dividida em dois. Vai lá: Rua Girassol, 310, Vila Madalena. @clos_winebar | |
|  | Laís Acsa | Le Jazz Brasserie | O hollandaise foi criado na Holanda, mas os franceses se apropriaram do molho durante uma guerra no século 16 e o espalharam pelo mundo. Foi em Nova York, porém, que inventaram os ovos beneditinos: muffin mais hollandaise e ovos poché. Nesta padoca meio francesa, sai a R$28 com presunto. Vai lá: Shopping Iguatemi. @lejazzbrasserie | |
| |  | Angelo Dal Bó | Votre | Inspirado no restaurante francês Joséphine Chez Dumonet, o chef Francisco Farah serve o boeuf bourguignon (carne braseada no vinho tinto e cozida lentamente junto de cogumelos, cenourinhas e bacon) com fettuccine na manteiga (R$89): "Muita gente não entende, mas eu adoro do jeito que ele é". Vai lá: Rua Natingui, 1520, Pinheiros. @votre.brasserie | |
|  | Divulgação | La Cura | Servido aos montes na França, o confit de canard preparado nesta rotisseria acompanha um arroz de pegada ibérica, cozido com o caldo do pato mais a carne desfiada, linguiça artesanal, pimenta-de-cheiro e azeitona. O prato multicultural sai a R$275 para três, por encomenda ou retirada. Vai lá: Rua Ourânia, 201A, Vila Madalena. @lacuragastronomia | |
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| O básico da França na Vila Madalena | | Quem deseja aprender do zero as técnicas clássicas francesas pode dar o seu primeiro passo no próximo mês. As aulas do módulo básico do diploma de cozinha da Le Cordon Bleu de São Paulo começam em 26 de agosto. Durante quase quatro meses, os alunos aprendem sobre segurança alimentar, manuseio de facas, preparações típicas e a história da culinária mundial. Quem prefere entender como aplicar tudo isso na gastronomia brasileira vai gostar mais do módulo com previsão de início em outubro. |
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|  | Tales Hidequi |
| BARES: Quando o doce vai parar na taça | |  | Sergio Crusco |
| Já pensou em chegar ao balcão do bar e pedir um canollo, um quebra-queixo ou um brownie — todos em estado líquido? Coquetéis que imitam sabores de doces não são novidade, mas agora apareceu uma turma da pesada em dois bares paulistanos. Um deles é o Exímia, nova casa do mixologista Márcio Silva, que já chegou chegando para animar as noites do Itaim. Outro é o Picco, lugar despojado para drinques e pizzas de Lula Mascella, presente em qualquer ranking que se preze de melhores da cidade. Esses coquetéis não são necessariamente superdoces, pois elementos cítricos, amargos ou herbais equilibram suas receitas. E é bom lembrar que os dois bares são bem democráticos, com drinques autorais e clássicos para todos os perfis — não só para a turma do bico doce. |
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|  | Juliana Primon | Exímia | Quebra-queixo é uma receita supreendente, de dulçor e acidez bem tabelados. Tem o doce de coco queimado infusionado em rum, vinho Chardonnay e limão, tudo filtrado no iogurte e nas fibras do coco. Para quem é do chocolate, a pedida é Kakau, uma mistura complexa: bourbon, gim, Campari, vermutes, rooibos, bitters, chocolate 70% e laranja. Tipo um Negroni (ou Boulevardier) com mestrado, aveludado e elegante. Vai lá: R. Dr. Mário Ferraz, 507, Itaim. @eximiabar | |
|  | Tales Hidequi | Picco | Na nova carta do Picco, o coquetel Cannolo chama logo atenção, com sua alquimia de rum, manteiga noisette, limão siciliano e pistache, tudo clarificado na ricota. O resultado é leve, traz boa sensação de acidez e textura sedosa. Brownice é mais intenso, mesclando brownie em infusão com bourbon, Cynar 70, Campari e maracujá. Predominam os sabores achocolatado e amargo, enriquecido por acidez e frutado delicados. Vai lá: R. Lisboa, 294, Pinheiros. @o.picco | |
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| BELISQUETES: Cannelé em todo canto | |  | Gabrielli Menezes |
| Não se sabe se o cannelé foi inventado em Bordeaux no século 15 ou 17. De todo modo, foi necessário esperar umas tantas centenas de anos para finalmente poder dizer que o docinho está conquistando São Paulo. Duvida? Na próxima padaria artesanal que for, procure por um cilindro dourado e canelado e me diga se não é verdade. Ramiro Murillo, da El Panadero, explica aos clientes que nunca deram uma mordida que se trata de uma espécie de bolinho francês que lembra um pudim pela umidade e sabor, mas alcança o seu ápice com a casquinha caramelizada. É uma boa definição, já que a graça da receita está justamente nessa oposição entre a maciez do centro e a leve crocância de fora. Prove pela primeira, segunda ou vigésima vez nesses lugares aqui: |
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|  | Divulgação | El Panadero | A mistura líquida, formada mais por gema, leite, rum e manteiga do que por açúcar e farinha, descansa pelo menos 48 horas antes de entrar no forno. Esse tempo ajuda o álcool a quebrar o glúten e a fazer a massa, que tem um toque extra de limão-siciliano, ficar fofinha. É por volta das 9h que o cannelé vai para a vitrine já douradinho. Para sair de lá para o seu prato, custa R$11. Vai lá: Rua Amália de Noronha, 251, Pinheiros. @elpanaderopao | |
|  | Michele Minerbo | ZestZing | Após "zerar o jogo" ao servir folhados preparados com perfeição, a padeira Claudia Rezende decidiu se lançar num novo desafio: replicar o clássico cannelé ao estilo de Bordeaux. Para isso, trouxe da França as forminhas de cobre ideais para conduzir o calor necessário e garantir a crosta do doce durante a uma hora e meia de cocção. Cada unidade sai a R$10 para levar para casa. Vai lá: Alameda Tietê, 496, Jardins. @zestzing_padaria_artesanal | |
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