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Mauro: "É um perigo a atribuir ao Luxemburguismo a vitória sobre o Galo"

Do UOL, em São Paulo

26/01/2021 04h00

O Vasco se recuperou de duas derrotas consecutivas e saiu novamente da zona de rebaixamento ao derrotar o Atlético-MG de Jorge Sampaoli por 3 a 2 na noite de sábado (23), com direito a um golaço com jogada bem trabalhada pelo time comandado por Vanderlei Luxemburgo, que levou o time a sete pontos somados nos cinco jogos sob seu comando, sendo que o antecessor Ricardo Sá Pinto somou 10 pontos em 11 jogos pelo Brasileirão.

No podcast Posse de Bola #94, Mauro Cezar Pereira afirma que a vitória sobre o time atleticano foi elogiável, mas avisa que o torcedor não pode se empolgar com o ?Luxemburguismo?, pelo momento atual do treinador, que não tem feito grandes trabalhos como foi capaz no passado e reencontra hoje seu ex-clube, o Palmeiras, no Allianz Parque.

"Com relação ao Vasco, é um perigo sempre as pessoas começarem a atribuir a Luxemburguismo e outras baboseiras uma vitória sobre o Atlético-MG. A vitória é importante e tudo mais, mas o Luxemburgo tem que ser olhado pelo que ele é hoje como técnico, olhar o conjunto da obra. Dias antes, tomou de quatro do Bragantino, perdeu para o Coritiba, que era até então o lanterna do campeonato", diz Mauro Cezar.

"Vinha mal e ganhou esse jogo, como no Palmeiras deixou a desejar, ou foi bom o trabalho dele no Palmeiras porque ganhou do Atlético-MG do Sampaoli de 3 a 2? São coisas diferentes, tem que saber descolar uma coisa da outra e analisar o que a gente está analisando. E não ficar justificando o passado. Daqui a pouco alguém vai dizer, se o Palmeiras perder a Libertadores, alguém vai dizer ?ah se não mandasse embora o Luxemburgo?, pelo amor de Deus, faça-me um favor, era só o que faltava", completa.

O jornalista diz que não espera atualmente tanto de Luxemburgo como espera do argentino Jorge Sampaoli, razão pela qual afirma que o treinador do Atlético-MG decepciona em seu trabalho atual, perdendo pontos e ficando para trás na disputa pelo título.

"Grande vitória, sem dúvida alguma, mas isso não apaga a irregularidade do time, o trabalho inconsistente na maior parte do tempo, nada disso, são coisas diferentes, mas o Luxemburgo hoje é isso, é um técnico desse nível, que vai ter alguns momentos interessantes. O Sampaoli acho que me chama a atenção negativamente", afirma Mauro.

"O Galo não é um time consistente, o Galo é uma lá e outra cá. Você vê, agora contra o Grêmio teve tudo para ganhar o jogo, teve o jogo na mão, não matou o jogo e tomou um empate. Aí vai ao Rio de Janeiro, toma três gols do Vasco e perde de 3 a 2, volta a perder pênalti, teria a chance aí de estar em outra situação, o que acontece? E outra coisa também do Sampaoli ali na beira do campo que eu achei, em alguns momentos ele atrapalha o jogo, quase entra no campo", completa.

Gol de Cano com méritos do Vasco e falhas do Atlético-MG

O jornalista também elogia o gol marcado por Cano, o terceiro do Vasco, em jogada trabalhada com troca de passes e organizada por Benítez, ao mesmo tempo em que critica a marcação do Atlético-MG por ceder tanto espaço.

"O gol do Cano, o terceiro gol, na jogada que, aliás, a participação do Benítez é sensacional, porque ele começa a jogada lá no campo de defesa, do lado direito, e ele vai carimbando a bola até dar a assistência, o passe que ele dá para o Cano matar no peito e fazer o gol, um gol belíssimo. Ao mesmo tempo, esse gol, os vascaínos enaltecem a jogada e têm que fazê-lo, a jogada é sensacional e a combinação dos dois argentinos é perfeita, os atleticanos falam sobre a marcação frouxa", diz Mauro.

"Gira, gira, vai, e gol do Vasco, golaço do Vasco. Cadê o Atlético-MG brigando, travando a jogada? O cara pegou cinco vezes na bola em diferentes pontos do gramado e ninguém chegou junto para cercar, dificultar o passe ou fazer uma falta, não, vai jogando, vai jogando e gol do Vasco. Então tem extremos aí, dependendo do ponto de vista você vai ter um olhar diferente para essa jogada, ela tem que ser enaltecida e também, evidentemente, a gente tem que entender que é o retrato do que é o time do Sampaoli com relação a isso, é um time que briga pouco, compete pouco e cede aos adversários tudo o que eles querem em termos de espaço", conclui.

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