Análise: Flamengo perde batalha, mas não a guerra
O Flamengo não demonstrou, hoje, que é realmente uma equipe que pretenda conquistar mais uma vez a quantidade de títulos que conquistou na temporada passada. Apontado como franco-favorito na partida frente ao Grêmio, o time comandado por Renato Gaúcho sucumbiu e não teve uma atuação capaz de ser sombra daquilo que a grande massa rubro-negra esperava.
Poucas vezes se viu o meio de campo rubro-negro tão perdido e sem ação, não conseguindo armar as jogadas que fizeram dele um dos melhores do futebol sul-americano. Nem Arão conseguiu se salvar. Por causa do colapso de seu meio-campo, o Flamengo não conseguiu quase nada frente ao Grêmio. Mostrou que não era favorito, aliás, este negócio de favoritismo no futebol é um falso pretexto para se dizer que o time vai vencer o adversário com muita facilidade. Não é bem assim.
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Logo no início do jogo deste domingo, notava-se que o Flamengo teria muita dificuldade para enfrentar de igual para igual a equipe comandada por Felipão. O meio de campo do Grêmio complicou a vida do Flamengo durante todo o tempo da partida. Tomava a bola e armava o contra-ataque convocando o comandante Borja, que criou muitos obstáculos para a defesa rubro-negra, que trabalhava bem e impediu que a derrota fosse maior. Recorda-se que no gol do Grêmio, Ruan tomou a bola no meio de campo e lançou Ferreira pela ponta direita e ele, livre, teve o tempo de levantar a cabeça, observar Borja pelo comando e colocou a bola na cabeça do centroavante. O próprio Borja ainda cobrou e perdeu um pênalti.
Há muito tempo que a torcida rubro-negra não via atuações tão apagadas como de Michael, Gabigol e Isla, que não foram os jogadores de sempre. Claro que o Flamengo tem recuperação precisa, e na próxima, ninguém tem dúvida que a equipe rubro-negra voltará a jogar o futebol esperado e voltará, certamente, a encantar sua numerosa torcida. Afinal de contas, o Flamengo perdeu uma batalha, mas está, mais do que nunca, muito vivo nesta guerra do Brasileirão de 2021.
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