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Diego Alves explica 'confusão' em pênalti de Danilo: 'Ele tinha dúvida'

Diego Alves, do Flamengo, explica "confusão" em pênalti de Danilo, do Palmeiras - Reprodução/SporTV
Diego Alves, do Flamengo, explica 'confusão' em pênalti de Danilo, do Palmeiras Imagem: Reprodução/SporTV

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/04/2021 23h51

Um dos principais nomes da conquista da Supercopa do Brasil pelo Flamengo, Diego Alves explicou a "confusão" no pênalti de Danilo, do Palmeiras. O arqueiro - que defendeu três penalidades - aproveitou a demora do jovem alviverde para desconcentrá-lo.

Autorizado pelo árbitro, Danilo demorou para cobrar a penalidade. Após tomar distância, o volante ficou parado. Incomodado, Diego Alves deixou o gol e reclamou com Vuaden. Na sequência, o meia do Palmeiras desperdiçou.

"Eu já tinha dado um recado para o Danilo naquela bola, só que eu vi que ele tava com muita dúvida. Eu acho que ele não tinha certeza de onde iria chutar, e ele na verdade passou um pouco do limite, porque o Vuaden já tinha apitado", falou Diego em entrevista do "Bem, Amigos".

"Quando eu vi que já tinha passado o limite, que poderia também me prejudicar um pouco, no sentido de me desconcentrar, eu falei: 'Pera aí, Vuaden! Tá errado! Ele tem que bater'. Andei para frente, criei um pouco de confusão ali, porque acabou que desconcentrou ele, voltou a desconcentração. A gente tenta criar uma cena para dar certo, e dessa vez acho que saiu bem", completou.

Diego ainda contou que costuma conversar com os batedores antes das penalidades.

"Eu concordo que, às vezes, essa fama de defender pênalti também impressiona e assusta um pouco a pessoa que vai chutar. Eu procuro conversar um pouco, me aproximar, para sentir um pouco também esse nervosismo. (...) Eu sempre faço isso, desde a época do Atlético-MG, e deu certo. Eu nunca participei de uma disputa de pênalti tão emocionante, mas eu fico feliz de poder ajudar. É uma característica que eu tenho, e que funcionou", disse o arqueiro.

Apesar da boa atuação, Diego não se considera o "herói" do bicampeonato. Para ele, a principal defesa foi do meia Diego Ribas em cima da linha, no tempo regulamentar.

"Eu não me considero herói em nada. Acho que todo mundo fez a sua parte. O Diego também salvou uma bola. Acho que a defesa mais importante foi a que o Diego fez em cima da linha. (...) É uma característica que eu tenho. Eu acho que goleiros têm as suas características, e me identifiquei muito bem com os pênaltis desde pequeno. Com o passar do tempo, eu comecei a entender que o pênalti também influencia muito uma guerra psicológica na hora. Você tentar jogar com o nervosismo da situação, isso é muito importante para tentar adivinhar o que o jogador vai fazer", falou.