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Hoje na Disney, Alemão e Espanhol não têm "casa definida" em novas edições

OSCAR DEL POZO / AFP
Imagem: OSCAR DEL POZO / AFP

Gabriel Vaquer

Colaboração para o UOL, em Aracaju

13/05/2020 04h00

Dois dos campeonatos europeus que vão retornar nas próximas semanas após o fim do pico da pandemia do Covid-19, o Campeonato Alemão e o Campeonato Espanhol estão no "olho do furacão" por outro motivo além da retomada em campo. Os direitos de transmissão de ambas as ligas no Brasil, agora em posse da Disney após a aprovação da fusão entre ESPN e Fox Sports, terminam no fim da atual temporada.

Segundo apurou o UOL Esporte, ainda não se tem uma previsão de quando os direitos a partir da temporada 2020/2021 serão sacramentados, porque a pandemia do Covid-19 atrapalhou licitações e negociações específicas com os interessados em adquirir as transmissões.

A situação mais incerta é a do Campeonato Alemão. Retornando no próximo fim de semana, a Bundesliga iria realizar licitação neste meio de ano, mas teve que adiar os trâmites pela paralisação. Ainda não se tem previsão de quando essa disputa irá acontecer. Alternativas estão sendo estudadas para resolver a situação.

Além da Disney, que gostaria de contar com a liga alemã, o DAZN demonstrou interesse na Bundesliga. O problema é que a plataforma de streaming tem perdido assinantes em todo o mundo e ainda não se tem noção do impacto financeiro da pandemia na plataforma.

No caso do Campeonato Espanhol, os direitos já estavam sendo negociados pela empresa de mídia Mediapro, responsável por essa comercialização em todo o mundo, antes da pandemia. A Disney já havia demonstrado interesse na renovação do vínculo por mais tempo antes da explosão do Covid-19 em todo o mundo.

A Disney tem uma ótima relação com a La Liga no Brasil. Além do Campeonato Espanhol, o canal esportivo transmite um reality show produzido pela liga, o "Bravo!", que vai encontrar um jovem talento brasileiro para jogar na Espanha. Existem contratos ativos também com competições de futebol feminina e da Copa do Rei.

Nesse caso, o relacionamento de parceria pesa mais para a continuidade de um direito de transmissão, além do dinheiro que se possa pagar. Nos dois casos, as empresas de comunicação entendem que uma decisão sobre a venda dos direitos de transmissão não deverá demorar para acontecer.