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Brasil chega a 21 medalhas de ouro e já tem melhor campanha da história

Silvânia Costa comemora ouro nas Paralimpíadas de Tóquio - Wander Roberto /CPB
Silvânia Costa comemora ouro nas Paralimpíadas de Tóquio Imagem: Wander Roberto /CPB

Demétrio Vecchioli

Do UOL, em São Paulo

03/09/2021 10h12

O Brasil já tem, em Tóquio, a melhor campanha de sua história nos Jogos Paralímpicos. Por enquanto o desempenho brasileiro no Japão está empatado com o de Londres-2012 tanto em número de ouros (21) quanto de pratas (14), mas já à frente nos bronzes (26 a 8). Além disso, ao menos mais uma medalha virá na próxima madrugada, quando a seleção brasileira masculina de futebol de 5, para cegos, disputa a final da modalidade contra a Argentina.

A certeza da campanha recorde veio com a medalha de ouro de Thiago Paulino, o Thiagão, no arremesso de peso na classe F57, em prova que também teve medalha de bronze de Marco Aurélio Borges. Um chinês ficou entre eles, com a medalha de prata.

A competição de natação, em que o Brasil ganhou oito medalhas de ouro, já acabou, nesta sexta-feira (3), com um último bronze do Brasil, com Wendell Belarmino, da classe para cegos, nos 100m borboleta. Quando esse resultado aconteceu, a natação liderava o quadro de medalhas interno do Brasil, empatada com o atletismo em ouros e pratas, mas na frente pelos bronzes.

Mas é o atletismo que vai terminar essa disputa na frente, e com recorde de medalhas. A modalidade chegou à sua nona medalha de ouro hoje, superando, assim, a campanha da Rio-2016, quando o Brasil ganhou oito medalhas de ouro, 14 de prata e 11 de bronze, em um total de 33.

E ainda há mais medalhas para ganhar, porque as competições de atletismo ainda têm mais um dia de provas no Estádio Nacional de Tóquio, neste sábado (4) no Japão, e com a disputa da maratona em cinco classes diferentes no domingo (5), fechando a programação da Paralimpíada.

A tendência é que essas provas permitam ao Brasil ampliar seu recorde de medalhas de ouro tanto no geral quanto no atletismo. Mais difícil será a meta de bater o recorde total de medalhas, nas duas listas. No atletismo o país tem 22 medalhas, contra 33 da campanha da Rio-2016, e no geral são 61, ante 72.

Ao menos uma medalha virá do futebol de cinco, que disputa a final contra a Argentina. No vôlei sentado, o Brasil está nas duas decisões do bronze, no masculino e no feminino, contra Bósnia e Canadá, respectivamente. Além disso, o país tem chances reais de medalha no taekwondo (Debora Menezes é a atual campeã mundial da categoria e luta amanhã), no parabadminton (Vitor Tavares está na semifinal) e nas provas de caiaque da canoagem velocidade.

Por enquanto o país está no sétimo lugar do quadro de medalhas, um ouro atrás da Holanda e a três da Ucrânia. Mas há chances de o Brasil ganhar essas duas posições e ficar em quinto. Os holandeses concentram suas medalhas no ciclismo e, os ucranianos, na natação, e essas duas modalidades já encerraram suas disputas.

De qualquer forma, na pior das hipóteses o Brasil repete o sétimo lugar de Londres-2012. Isso porque o oitavo colocado em Tóquio é a Austrália, que está três medalhas de ouro atrás do Brasil e concentra suas medalhas na natação.