Topo

Campeões olímpicos só em casa, Brasil e Espanha decidem Tóquio-2020 em alta

Jogadores da seleção brasileira abraçados antes de jogo contra o México; vitórias nos pênaltis na semifinal - Lucas Figueiredo/CBF
Jogadores da seleção brasileira abraçados antes de jogo contra o México; vitórias nos pênaltis na semifinal Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

06/08/2021 16h00

Brasil e Espanha disputam amanhã (7), às 8h30, no Estádio Internacional de Yokohama, a final do futebol masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio. As duas seleções chegam à decisão da medalha de ouro com campanhas iguais: três vitórias e dois empates — sem derrotas —, com oito gols marcados e três sofridos. Além de um tira-teima do que foi feito em campo, a disputa conta com um componente histórico.

Potências do futebol profissional, os dois países só conseguiram ser campeões olímpicos da modalidade quando atuaram como mandantes. O Brasil é o atual campeão, com o ouro inédito conquistado na Rio-2016, enquanto os espanhóis faturaram a medalha em Barcelona-1992.

O Brasil também já conquistou três medalhas de prata (1984, 1988 e 2012) e duas de bronze (1996 e 2008), enquanto a Espanha acumula outras duas pratas (1920 e 2000). Mais um ouro na Tóquio-2020 quer dizer o mesmo número de Argentina, União Soviética e Uruguai e só uma conquista a menos do que as recordistas Hungria e Grã-Bretanha. É a história que está batendo na porta.

Cunha - Lucas Figueiredo/CBF - Lucas Figueiredo/CBF
Matheus Cunha tem um gol e duas assistências nas Olimpíadas e tem o retorno aguardado
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Dirigida por André Jardine, a seleção brasileira mantém o mesmo time-base ao longo da campanha. Só mudou duas vezes, quando Douglas Luiz precisou cumprir suspensão e quando Matheus Cunha sofreu uma contratura muscular na coxa esquerda. O atacante, aliás, é a única dúvida para a final das Olimpíadas. Ele treinou em campo nos dois últimos dias e mostrou melhora, mas o segredo fica guardado até momentos antes de a bola rolar.

Já a Espanha de Luis De la Fuente não repetiu escalação durante os Jogos e viu alguns jogadores se afirmarem na campanha, como o atacante Rafa Mir, que tem três gols marcados. Seis titulares atuaram também na Eurocopa em que a equipe foi eliminada pela campeã Itália nas semifinais, nos pênaltis, o que significa dizer que é um time forte e mais amadurecido que o brasileiro.

Asensio - Anne-Christine Poujoulat/AFP - Anne-Christine Poujoulat/AFP
Asensio comemora gol marcado contra o Japão na semifinal das Olimpíadas seguido por Juan Miranda
Imagem: Anne-Christine Poujoulat/AFP

"A paixão, a gana e a vontade de fazer grandes coisas tornam esse jogo muito especial. O adversário, o momento também. Então precisamos desfrutar, não é todo dia que se chega em final de Olimpíadas. Não serão muitos os que estão aqui que poderão jogar outra. É um momento especial e momentos especiais você tem que vivenciar com muita intensidade, porque eles não voltam", refletiu o lateral-direito e capitão do Brasil Daniel Alves.

FICHA TÉCNICA
BRASIL x ESPANHA

Competição: Jogos Olímpicos de Tóquio, final do futebol masculino
Local: Estádio Internacional de Yokohama, em Yokohama (Japão)
Data/hora: 7 de agosto de 2021 (sábado), às 8h30 (de Brasília)
Árbitro: Chris Beath (Austrália)
Assistentes: Anton Shchetinin e George Lakrindis (ambos da Austrália)
VAR: Abdulla Al-Marri (Qatar)

BRASIL: Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho; Antony, Matheus Cunha (Paulinho) e Richarlison. Técnico: André Jardine.

ESPANHA: Unai Simón; Óscar Gil, Eric Garcia, Pau Torres e Marc Cucurella; Martin Zubimendi, Mikel Merino e Pedri; Asensio (Oyarzabal), Dani Olmo e Rafa Mir. Técnico: Luis De la Fuente.