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Medalha e simpatia: trio cai nas graças do Brasil após pódios em Tóquio

Rayssa Leal, 13 anos, skatista brasileira medalhista de prata nas Olimpíadas de Tóquio-2020 - Foto: Wander Roberto/COB
Rayssa Leal, 13 anos, skatista brasileira medalhista de prata nas Olimpíadas de Tóquio-2020 Imagem: Foto: Wander Roberto/COB

Henrique André

Do UOL, em Belo Horizonte

03/08/2021 14h00

Uma dança ensaiada, brilho diferente no olhar, sorriso do tamanho do mundo e uma frase de efeito para ser eternizada. Juntando estes ingredientes, três brasileiros caíram nas graças de quem torce pelo país nas Olimpíadas de Tóquio e, além das medalhas, subiram ao pódio também no quesito simpatia.

Aos 13 anos, a skatista Rayssa Leal foi a primeira a dar as caras nos Jogos de Tóquio. Prata, a maranhense deu show na pista e também encantou mesmo quando fora de ação. O encanto da Fadinha se fez presente nas dancinhas criadas para ignorar a pressão e também na mensagem ao colocar a medalha no peito na categoria street. Sabendo de sua importância, não só no esporte, ela destacou que conseguiu representar bem as meninas brasileiras.

Antes de embarcar de volta ao Brasil, Rayssa ainda fez questão de avisar aos conterrâneos de Imperatriz que, devido à pandemia, não promoveria aglomerações. A adolescente, primeira skatista brasileira a ganhar uma medalha olímpica na modalidade, prometeu que, na hora certa, não esquecerá de abraçar os amigos e vizinhos que ficaram na torcida por ela.

rebeca - Laurence Griffiths/Getty Images - Laurence Griffiths/Getty Images
Rebeca Andrade e suas duas medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio: ouro no salto e prata no individual geral
Imagem: Laurence Griffiths/Getty Images

Rebeca, a fofa

Partindo para o show da ginástica, o Brasil se encantou com Rebeca Andrade, de 22 anos. Nascida em Guarulhos, Grande São Paulo, a baixinha de 1,51m se fez gigante como atleta e pessoa, sendo chamada nas redes sociais de "fofa". Ouro no salto e prata no individual geral, a atleta deixou claro que medalhar foi consequência da leveza. Para ela, levar alegria para as provas é o que importa.

Em várias entrevistas, sempre com sorriso no rosto e muita maturidade, ela não esqueceu de dedicar o feito histórico à mãe. Dona Rosa, de acordo com a primeira mulher brasileira a conquistar medalha de ouro na modalidade, é o exemplo de pessoa que ela sempre seguirá.

alison piu - Andrej ISAKOVIC / AFP - Andrej ISAKOVIC / AFP
Alison dos Santos comemora após conquistar o bronze nos 400m com barreiras
Imagem: Andrej ISAKOVIC / AFP

A vez do Malvadão

Por fim, de forma meteórica, surge Alison dos Santos, o Piu. Além da velocidade na pista, o paulista de São Joaquim da Barra também escreveu capítulo memorável em Tóquio, no que os internautas chamaram de #PiuDay. Bronze nos 400m com barreiras, o "Malvadão" quebrou pela sexta vez o recorde sul-americano nesta temporada, e deu show de carisma após cada corrida.

Na última, em que conquistou a medalha, Piu se emocionou, fez dancinha, dedicou a conquista a todos os brasileiros, brincou com os recordes da prova e ainda aproveitou para mandar o pai se preparar para o velho e bom joguinho de truco.

Ao saber que a premiação seria ainda nesta terça-feira (3), o agora medalhista olímpico, de 21 anos, se despediu do repórter da Globo dizendo que precisava se apressar, ir para casa, tomar banho e ficar cheiroso para subir ao pódio. Um figuraça!