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Vôlei e praia: Prata em 2012 foi 'presente', diz campeão olímpico Alison

Alison Mamute é o convidado do "Bola da Vez" desta semana - ESPN
Alison Mamute é o convidado do 'Bola da Vez' desta semana Imagem: ESPN

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/07/2021 00h07

Campeão olímpico de vôlei de praia na Rio 2016, Alison Cerutti, o "Mamute", afirmou que a prata conquistada nos Jogos de Londres 2012 foi um "presente divino".

Convidado do "Bola da Vez", programa da ESPN exibido hoje, Alison afirmou que a derrota para a dupla alemã Brink e Reckermann o ajudou a evoluir como atleta. Na época, Mamute jogava com Emanuel.

"A medalha de prata foi um presente divino para mim, no sentido de eu não sei se eu teria cabeça, com 26 anos, para evoluir como atleta para 2016. Se a medalha de prata fosse de ouro, aos 26 anos de idade, talvez não tivesse refletido um pouco mais sobre a vida, as minhas atitudes. Essa medalha de prata me fez amadurecer como ser humano e como atleta. Foi a medalha que mais me ensinou na carreira", explicou o jogador de 35 anos.

Mesmo assim, Alison confessa que nunca assistiu aquela final na íntegra. Tudo por conta de uma polêmica de arbitragem.

"Eu nunca assisti essa final olímpica. Nunca tive coragem de assistir esse jogo. O que tinha que acontecer ali: está na regra, quando o juiz tem dúvidas, ele tem que descer e olhar a marca da linha, assim como no tênis. O juiz de baixo não sabia o que marcar, o de cima olhou para o de baixo e também não sabia, e acreditou meio que desacreditando. E isso dói né. Não sei se ganharia a final, mas faz parte da vida. Eu converso normalmente com o juiz, ele apita os jogos do Circuito Mundial, mas, eu acho que foi um presente divino. Eu ainda não tive coragem de assistir, e quem sabe um dia. Mesmo com o ouro depois, eu ainda não consigo ver. Eu queria muito essa medalha ao lado do Emanuel", completou.

A caminho de sua terceira Olimpíada, em Tóquio, Alison projeta uma experiência diferente das edições anteriores, por conta da pandemia de covid-19.

"A minha cabeça chega muito fria e fresca para os Jogos Olímpicos. Vai ser uma Olimpíada diferente das que eu tive em Londres e no Rio. Nós seremos submetidos a testes a cada dois dias. Se der positivo em algum desses testes, teremos que refazer, e ser der positivo (novamente) você está fora. O nosso cuidado é maior ainda. Não só jogar e estudar o adversário, a gente ainda tem que estar se desviando desse vírus. Tem que estar com a cabeça muito forte", falou.