Torcida no UFC Fortaleza tem seus favoritos: José Aldo e Raphael Assunção
Ceará, mas quase Pernambuco. A presença do recifense Raphael Assunção na principal luta do UFC Fortaleza, na noite deste sábado (2), no Centro de Formação Olímpica (CFO), fez com que várias pessoas se deslocassem de Pernambuco ao Ceará para vê-lo. Ele lutará contra Marlon Moraes, do Rio, pelo peso-galo, e quem vencer dá um passo para a disputa pelo cinturão da categoria. Hoje, o título pertence ao norte-americano TJ Dillashaw.
"Curitiba, São Paulo, é mais complicado de ir. Aqui em Fortaleza mais perto, sou fã de MMA, do UFC, tem nove anos. Surgiu a oportunidade, e claro que vou torcer bastante pelo Assunção", disse Vinicius Manuel, que viajou de carro mais de 700 km acompanhado da esposa e da filha. Que não estavam com ele no CFO.
"Elas estão passeando pela cidade", contou. Manuel, vestindo uma camisa do Sport.
Assunção contou que uma caravana viajaria de Recife para Fortaleza, onde ele já lutou. Em 2013, na primeira vez que o UFC passou pela capital do Ceará, Assunção venceu Vaughan Lee no ginásio Paulo Sarasate. Ele foi um dos mais aplaudidos da noite, já com boa presença de torcida pernambucana.
Desde o início da semana, seu pai, Cleuder, está em Fortaleza. Esposa e filhas chegaram no fim da semana, e houve até um momento em que a família pensou em cancelar as passagens das meninas devido à onda de violência que assustou o Ceará em janeiro -- facções queimaram ônibus, prédios públicos e privados, em retaliação a um endurecimento de regras em presídios do Estado.
Os três filhos de Cleuder são lutadores. Além de Raphael, os outros são Júnior, primogênito, e Freddy, que é gêmeo de Raphael. Cleuder contou na quinta (31), quando acompanhou o filho na entrevista oficial do evento, que é pé-quente: nunca viu in loco uma derrota de um filho, o que espera repetir em Fortaleza.
Assunção talvez só não vai ter mais torcida do que José Aldo - há também bastante fãs de Thiago Pitbull, único cearense a entrar no octógono neste sábado. Mas não tanto quanto Aldo. Um dos grandes lutadores da história do UFC e duas vezes campeão dos penas, o manauara de 32 anos fará em 2019 suas três últimas lutas no UFC, encerrando seu contrato. E apesar dele encarar outro brasileiro, Renato Moicano, na luta co-principal da noite, o público é Aldo desde criancinha.
No telão, quando apareceu a imagem de Aldo, houve gritaria antes do início do card preliminar. Na sexta (1), durante a pesagem no CFO, o público presente gritou "uh, vai morrer", quando Moicano apareceu antes de Aldo, que foi muito aplaudido. Moicano sabia desde quinta (31) que lutaria fora de casa.
"Ele é conhecido, eu ainda não. Eu também torceria para o Aldo", dizia o brasiliense.
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