Treino na "altitude" e conselhos de Holly Holm: Gadelha quer embalar no UFC
Insatisfeita com sua preparação na Nova União, Cláudia Gadelha procurou novos ares no ano passado: deixou a academia comandada por Dedé Pederneiras e abriu sua própria equipe - Claudia Gadelha's MMA & BJJ Academy, na Pensilvânia (EUA). De lá para cá, venceu uma luta, mas, ainda sem convencer, continuou à procura de evolução. E parece ter encontrado em Albuquerque, no Novo México, onde a brasileira fez toda sua preparação para a luta contra Karolina Kowalkiewicz, válida pelo UFC 212, no dia 3 de junho, no Rio de Janeiro.
Para seu próximo combate, Claudinha se preparou na Jackson Wink MMA, uma das academias comandadas pelo consagrado Greg Jackson, responsável por treinar nomes como Georges St-Pierre, Jon Jones e Holly Holm. Por lá, a brasileira acredita ter alcançado sua melhor forma após nove anos como lutadora profissional, elogiou a forma com que os treinamentos são aplicados e até valorizou um efeito de "altitude", que a ajudaria a ganhar mais fôlego para o evento.
"Fiz minha preparação em Albuquerque, no Novo México. Vim para cá, para treinar aqui, por causa da altitude. Não sei exatamente quantos metros são, mas ajuda na parte física. E, é claro, também por conta do material humano que temos aqui", disse Claudinha em entrevista exclusiva ao UOL Esporte - Albuquerque possui uma altitude de pouco mais de 1.600 m.
"Acho que é diferente quando você aceita que seja diferente. Não adianta nada eu chegar aqui com a mente fechada. Eu aceitei fazer coisas diferentes, fiquei a vida inteira martelando, batendo na mesma tecla. Agora abri minha mente, aprendendo coisas novas... Essa está sendo a diferença", acrescentou.
Um dos motivos que fez Gadelha procurar novos ares foi o treino em excesso, conhecido como overtraining, quando o lutador passa do ponto ideal para a luta.
"Depois da minha luta pelo cinturão, percebi que precisava trabalhar mais a minha forma física. Acho que eu sempre exagerei nos treinos. Ainda não havia encontrado o jeito ideal de treinar e não passar do ponto. Todas as minhas lutas, até essa minha última agora, eu estava mais do que treinada, em todas eu tinha passado do ponto. Contratei um preparador físico muito bom para regular isso, para não deixar eu treinar mais do que deveria. Estou na minha melhor forma física, tanto de físico quanto de força", afirmou.
O material humano citado pela brasileira faz referência não só aos treinadores da academia, mas também aos companheiros de treino - a maioria já no UFC e com um ótimo nível de desempenho dentro do octógono. Um exemplo disso foi a convivência com Holly Holm, responsável por acabar com o reinado de Ronda Rousey. Mesmo sendo uma lutadora de categorias de cima, ajudou na preparação de Claudinha.
"Fizemos vários treinos juntas. Ela é um pouco maior, mas foi uma experiência fantástica. É muito legal você ter outros atletas de alto nível, treinando aqui, competindo no UFC. A gente conversa bastante, ela olha meu treino, eu olho o dela. A gente se ajuda, dá um toque uma para outra", finalizou.
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