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SP fecha ano do UFC no país sofrendo com falta de ídolos e de olho em 2017

Danilo Lavieri e Jorge Corrêa

Do UOL, em São Paulo

19/11/2016 06h00

Marcando sua última passagem no Brasil em 2016, o UFC organiza na noite deste sábado (19) um evento em São Paulo que mostra duas preocupações da companhia: a procura de ídolos no país e o planejamento do ano de 2017.

Sofrendo com o fim de carreira de Anderson Silva e Vitor Belfort, duas das maiores referências do país no esporte, a aposentadoria de Minotauro, e sem contar com a boa fase dos ex-campeões, como Renan Barão e Rafael dos Anjos, a companhia aposta as fichas em uma lenda para tentar animar o público que não deve lotar o Ginásio do Ibirapuera.

Minotouro tenta a revanche contra Ryan Bader, para quem perdeu na decisão dos juízes no UFC 119, em 2010. O plano do brasileiro é vencer para subir no ranking dos meio-pesados e voltar a sonhar mais alto depois de uma série de lesões que o afastou do octógono.

A revanche, no entanto, não foi o primeiro plano da companhia para São Paulo. Antes de consolidar o card, o UFC havia elaborado uma lista com nomes mais fortes para o evento: Anderson Silva, Maurício 'Shogun', Junior 'Cigano', Urijah Faber e Miesha Tate tiveram seus nomes citados para subirem ao octógono.

Por motivos diferentes, o plano foi abortado e foi tomada a decisão de escalar Minotouro para encarar Alexander Gustafsson, que chegou a desafiar Jon Jones de igual para igual. O sueco, no entanto, se lesionou e foi substituído por Bader.

Em meio a tudo isso, Joe Carr, vice-presidente internacional do Ultimate, que passa a comandar mais diretamente o evento no Brasil depois da saída de Giovani Decker, reconhece que os lutadores brasileiros já estiveram em melhor fase e aposta em postulantes ao título para voltar a chamar atenção no país.

“Costumava ter mais, teve um tempo em que o país teve quatro de oito cinturões, mas acho que o MMA é um esporte de altos e baixos (...). Se você olhar o nosso plantel, ainda temos um percentual grande de brasileiros, teremos vários que devem lutar pelo cinturão no próximo ano – como Jacaré e Demian Maia. As coisas mudam sempre, mas agora temos de desenvolver a próxima geração de ídolos e estrelas deste mercado”, afirmou ele em entrevista ao UOL Esporte.

Além dos citados por Carr, o Brasil ainda vê com bons olhos os nomes de Thomas Almeida, que chegou a ter o nome citado para uma disputa de cinturão, Cláudia Gadelha, que perdeu na última luta a chance de ser campeã do peso palha, e Warlley Alves, que vinha invicto até o UFC em Curitiba, em maio. Todos eles estarão no evento que ainda tem outras crias do TUF Brasil, como Serginho Moraes, que vem de empate, mas ainda está invicto na companhia.

CARD PRINCIPAL:

Rogério Minotouro x Ryan Bader (Peso-meio-pesado)
Thomas Almeida x Albert Morales (Peso-galo)
Cláudia Gadelha x Cortney Casey (Peso-palha)
Warlley Alves x Kamaru Usman (Peso-meio-médio)
Thales Leites x Krzysztof Jotko (Peso-médio)
Serginho Moraes x Zak Ottow (Peso-meio-médio)

CARD PRELIMINAR:

Francimar Bodão x Darren Stewart (Peso-meio-pesado)
Cézar Mutante x Jack Hermansson (Peso-médio)
Marcos Pezão x Gadzhimurad Antigulov (Peso-meio-pesado)
Johnny Eduardo x Manny Gamburyan (Peso-galo)
Luis Henrique KLB x Christian Colombo (Peso-pesado)
Pedro Munhoz x Justin Scoggins (Peso-galo)