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Belfort curte dias de celebridade antes do UFC SP com direito a moicano e "pregação"

De moicano, Vitor Belfort passa pela pesagem do UFC São Paulo no Ibirapuera - Leonardo Soares/UOL
De moicano, Vitor Belfort passa pela pesagem do UFC São Paulo no Ibirapuera Imagem: Leonardo Soares/UOL

Jorge Corrêa e Rafael Krieger

Do UOL, em São Paulo

19/01/2013 15h00

No treino aberto de quarta-feira e na pesagem de sexta, Vitor Belfort mostrou que se sente à vontade junto ao calor do público. Principal atração do UFC São Paulo neste sábado, o lutador carioca curtiu uma rotina de celebridade nos dias que antecederam seu combate contra o inglês Michael Bisping.

Na quarta-feira, ele foi a estrela do treino aberto no Vale do Anhangabaú, mas não se preocupou muito em mostrar seus golpes para os espectadores. Último a se apresentar, ele passou mais tempo saudando o público e proferindo frases de efeito, especialmente a que já virou seu mantra: “Já espremi as uvas, no sábado irei beber o vinho”.

Depois do treino aberto, Belfort passou no cabeleireiro Wanderley Nunes, que atende a outras celebridades como Gisele Bündchen, e fez um corte moicano em sua cabeça: “É o meu espírito de batalha, de guerra, então o que dá na minha cabeça eu faço. Se pudesse pintar a cara, eu pintava”.

FALA, VITOR

É difícil alguém querer mais do que eu. Agradeço a Deus todos os dias por renovar minhas forças. Ter o apoio da família e fazer com alegria é o melhor presente que posso dar aos meus fãs: lutar porque eu amo fazer isso.

Não interessa o quanto durar a luta, eu vou lutar durante 25 minutos [tempo dos cinco rounds]. Se acabar antes, vou continuar lutando dentro do meu vestiário. Foi para isso que treinei, e é uma forma mental de se preparar.

Na coletiva de quinta-feira, mais frases filosóficas: “A vida não é um projeto, é um processo. É preciso curtir esse processo e saber que o projeto termina depois do processo”. Na hora de encarar Bisping, no entanto, Belfort perdeu o controle.

Ao encostar seu punho no inglês, os dois se desentenderam. Belfort então recuou e começou a fazer barulho com palmas, pulando e gritando “Estou pronto” em inglês. “Foi só para mostrar como estou motivado para essa luta”, explicou Vitor após o princípio de confusão.

O clima quente na coletiva aumentou a expectativa para a pesagem, mas o que se viu foi um Vitor caminhando lentamente para o palco, fazendo coraçõezinhos para a torcida, como se tentasse estender seu momento de comunhão com o público, que gritava efusivamente o seu nome.

Com gestos lentos, Vitor subiu na balança, bateu o peso, fez sua pose e partiu para uma nova encarada com Bisping. Desta vez, quem começou a provocar foi o inglês. Belfort apenas respondeu e bateu palmas.  

E foi assim, alternando momentos de adrenalina e serenidade, que Vitor se apresentou ao público paulistano na semana que antecede o UFC São Paulo. E ele assegura que não liga para o fato de que, mesmo se vencer, não irá disputar cinturão, ao contrário de Bisping.

“Estou feliz por essa oportunidade, lutei aqui há muito tempo, muitos de vocês nem estavam aqui, mas eu estou”, comentou Belfort durante a coletiva, citando sua participação no primeiro UFC São Paulo, em 1998, quando derrotou Wanderlei Silva. Quinze anos depois, ele faz questão de curtir a sensação de ser a atração principal novamente.